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Turismo

 

Proveitos do sector do alojamento turístico com crescimentos superiores a 20%

14 de fevereiro de 2024

Os resultados preliminares de 2023 apontam para 30,0 milhões de hóspedes (+13,3%) e 77,2 milhões de dormidas (+10,7%), que terão permitido gerar 6,0 mil milhões de euros de proveitos totais (+20,1%) e 4,6 mil milhões de euros de proveitos de aposento (+21,3%), avança hoje o INE.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística - INE, comparando com 2019, observaram-se aumentos mais expressivos, de 40,2% e 43,0%, respectivamente.

Em Dezembro de 2023, os proveitos totais cresceram 13,9% (+13,8% em Novembro), atingindo 289,0 milhões de euros, e os relativos a aposento aumentaram 15,0% (+13,6% em Novembro), ascendendo a 204,2 milhões de euros. Comparando com dezembro de 2019, registaram-se aumentos de 40,8% nos proveitos totais e 44,9% nos relativos a aposento.

Em Dezembro, a AM Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (36,3% dos proveitos totais e 38,2% dos proveitos de aposento, respetivamente), seguida pelo Norte (18,7% e 19,0%) e pela RA Madeira (15,6% e 14,9%). Os maiores crescimentos ocorreram no Centro (+21,2% nos proveitos totais e +23,0% nos de aposento), no Alentejo (+18,5% e +20,0%) e no Algarve (+16,6% e +19,4%). Face a dezembro de 2019, destacou-se a RA Madeira, com +64,9% nos proveitos totais e +75,1% nos de aposento, seguida pelo Alentejo, com +54,8% e +59,6%, pela mesma ordem. No conjunto do ano de 2023, os maiores crescimentos nos proveitos totais e de aposento ocorreram na RA Açores (+25,9% e +27,7%), na AM Lisboa (+24,5% e +25,7%) e no Norte (+24,2% e +25,5%, respetivamente). Comparando com 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nas regiões autónomas (RA Açores com +60,3% e +62,3%, respetivamente, e a RA Madeira com +60,2% e +72,3%).

No último mês do ano de 2023, registaram-se crescimentos dos proveitos nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (peso de 87,0% e 85,0% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 13,2% e 14,7%, respetivamente. Face a dezembro de 2019, registaram-se crescimentos de 38,7% e 43,1%, pela mesma ordem. Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,0% e 11,1%, respetivamente), registaram-se aumentos de 16,5% nos proveitos totais e 14,7% nos proveitos de aposento. Comparando com Dezembro de 2019, observaram-se crescimentos de 40,5% e 43,6%, respetivamente. No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,9% nos proveitos totais e de aposento), os aumentos foram de 25,1% e 21,8%, respectivamente. Face a Dezembro de 2019, os proveitos neste segmento mais do que duplicaram (+112,0% e +110,4%, nos proveitos totais e de aposento, respectivamente).

Rendimento médio por quarto ocupado (ADR) aumentou 9,2% em 2023

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 36,2 euros em dezembro, registando um aumento de 9,2% face a igual período de 2022 (+7,7% em novembro) e de 30,2% em comparação com dezembro de 2019. Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na RA Madeira (57,4 euros) e na AM Lisboa (56,3 euros). Os maiores crescimentos ocorreram no Centro (+16,9%) e no Algarve (+15,8%), tendo a RA Açores registado o único decréscimo (-4,9%).

Em Dezembro, este indicador cresceu 10,7% na hotelaria (+8,7% em Novembro), 3,9% no alojamento local (+5,1% em Novembro) e 8,1% no turismo no espaço rural e de habitação (+3,3% em Novembro).

No conjunto do ano 2023, o RevPAR aumentou 15,4%, atingindo 64,8 euros. Neste período, este indicador registou crescimentos de 16,5% na hotelaria, 15,7% no alojamento local e 7,1% no turismo no espaço rural e de habitação.

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 92,4 euros, +6,7% em relação ao mesmo mês de 2022 (+5,0% em Novembro). Face a dezembro de 2019, o ADR cresceu 26,9%. A AM Lisboa registou o valor mais elevado de ADR (110,9 euros), seguindo-se a RA Madeira (98,5 euros). Os acréscimos mais expressivos verificaram-se na RA Madeira (+11,9%) e no Algarve (+10,4%).

Em Dezembro, o ADR cresceu 6,9% na hotelaria (+4,7% em Novembro) e 5,8% no alojamento local (+7,4% em Novembro), atingindo 95,3 euros e 72,5 euros, respectivamente. No turismo no espaço rural e de habitação, o ADR cresceu 6,1% (+2,1% em Novembro), atingindo 104,7 euros. 

No conjunto do ano 2023, o ADR aumentou 9,2%, atingindo 113,1 euros, sendo um crescimento menor que o do RevPAR, o que reflecte o aumento da taxa líquida de ocupação-quarto (+3,1 p.p. para 57,3%). Os maiores crescimentos registaram-se nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira (+14,3% em ambas) e na AM Lisboa (+12,2%). O Algarve e o Alentejo apresentaram as evoluções mais modestas (+4,4% e +5,2%).

Em 2023, este indicador registou crescimentos de 9,2% na hotelaria, 11,6% no alojamento local e 5,5% no turismo no espaço rural e de habitação.

Lisboa concentrou 1/5 do total de dormidas registadas em Portugal em 2023 No conjunto do ano 2023, do total de 77,2 milhões de dormidas (+10,7%) nos estabelecimentos de alojamento turístico, 73,3% concentraram-se nos 23 principais municípios.

Em 2023, o município de Lisboa concentrou 19,6% do total de dormidas, atingindo 15,1 milhões dormidas (+13,6%; +3,5% nos residentes e +15,6% nos não residentes). Este município concentrou 23,9% do total de dormidas de não residentes registadas no país em 2023 (23,8% em 2022). Albufeira (peso de 10,1%) registou 7,8 milhões de dormidas em 2023, refletindo um aumento de 9,0%, que se ficou a dever ao acréscimo de dormidas de não residentes (+14,5%), dado que as dormidas de residentes decresceram (-9,1%). O município do Funchal representou 8,1% do total de dormidas em 2023 (6,2 milhões), o que se traduziu num crescimento de 8,8% (-5,0% nos residentes e +11,5% nos não residentes). No Porto, registaram-se 5,9 milhões de dormidas em 2023 (7,6% do total), representando um acréscimo de 21,9% face a 2022 (+8,8% nos residentes e +24,7% nos não residentes). Neste período, destacou-se ainda o crescimento registado em Ourém (+33,6%; +9,9% nos residentes e +50,9% nos não residentes) e, em sentido contrário, os decréscimos nos municípios de Vila Real de Santo António (-4,1%; -12,9% nos residentes e +3,3% nos não residentes) e Lagoa (-0,2%; -13,4% nos residentes e +3,3% nos não residentes). Face a 2019, os maiores crescimentos registaram-se em Vila Nova de Gaia (+32,5%), Porto (+28,0%) e Funchal (+24,2%), enquanto os maiores decréscimos ocorreram em Vila Real de Santo António (-15,4%) e Albufeira (-8,8%), que continuaram abaixo dos níveis pré-pandemia.