Projecto "Fertile Futures" vai representar Portugal na Bienal de Veneza de arquitetura
O projecto “Fertile Futures”, apresentado pela curadora Andreia Garcia, vai representar Portugal na Bienal de Veneza de arquitectura 2023, que decorre entre Maio e Novembro naquela cidade italiana, anunciou hoje a Direcção-Geral das Artes (DGArtes).
“Seleccionado no âmbito de um concurso promovido pela DGArtes, ‘Fertile Futures’ defenderá, entre Portugal e Veneza, a pertinência do contributo da Arquitectura no redesenho do futuro descarbonizado, descolonizado e colaborativo, respondendo directamente à convocatória de Lesley Lokko, partindo de uma aprendizagem que convoca o contexto africano, como outros que há muito testemunham condições climáticas extremas”, lê-se num comunicado hoje divulgado no site da DGartes.
Aquela entidade explica que, “com foco em sete distintas hidrogeografias profundamente marcadas pela acção antropocêntrica, ‘Fertile Futures’ encomenda a jovens arquitectas e arquitectos, em colaboração com especialistas de outras áreas de conhecimento, a apresentação de modelos propositivos para um amanhã mais sustentável, saudável e equitativo, em cooperação não hierarquizada entre disciplinas, gerações e espécies”.
A escolha da representação portuguesa na Bienal de Veneza de arquitectura 2023 foi feita por uma comissão de apreciação constituída por Paulo Carretas, técnico superior da DGArtes, que coordena, Joaquim Moreno, Isabel Ortins Simões Raposo, Julia Albani e Nuno Grande.
A representação Oficial Portuguesa ficará instalada no Palazzo Franchetti durante a Bienal de Arquitectura de Veneza, que decorre entre 20 de Maio e 26 de Novembro do próximo ano, com uma pré-abertura a 18 e 19 de Maio, sob o tema “O laboratório do futuro”, e com curadoria de Lesley Lokko, ao longo da qual cada país apresenta a sua própria exposição nos pavilhões dos Giardini e do Arsenale, e edifícios no centro histórico da cidade.
Quem é Andreia Garcia
Andreia Garcia nasceu em Guimarães em 1985. Licenciou-se na Faculdade do Porto e tirou o doutoramento em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa (FAUL, 2015), tendo recebido o Prémio Professor Manuel Tainha, pela melhor dissertação no Doutoramento em Arquitetura de 2014/2015 pela FAUL.
Em 2016, fundou no Porto o seu atelier Architectural Affairs, o qual trabalha a disciplina da Arquitectura em três componentes — projecto, curadoria e edição.
Apesar de ser ainda jovem, foi responsável por muitas e diversas curadorias. Foi convidada a dar aulas em muitas cidades do mundo e dos nais diversos continente. É Professora Auxiliar na Universidade da Beira Interior (UBI), e desde 2021 vice-presidente da Faculdade de Engenharia.
Lusa/DI