
Marvila - Lisboa
Preço da habitação a nível global acelera. Lisboa surge em 21.º lugar com uma valorização anual de 3,1%
No ranking de 46 cidades avaliadas pelo Prime Global Cities Index, divulgado pelo Knight Frank - da qual a portuguesa Quintela + Penalva é associada, Lisboa surge em 21.º lugar, com uma valorização anual de 3,1%. O desempenho de Lisboa coloca a capital portuguesa ao lado de mercados sólidos como Berlim (3,2%), Genebra (4,2%) e Los Angeles (3,9%).
Estes são os resultados do mais recente relatório, Prime Global Cities Index (PGCI), que revela que os preços dos mercados residenciais de luxo a nível global registaram uma subida média de 2,3% nos últimos 12 meses até Junho de 2025.
Apesar de mais de 75% das cidades analisadas terem apresentado crescimento, este ritmo representa um ligeiro abrandamento, sentido desde finais de 2023, reflectindo as incertezas em torno da evolução da política monetária e do adiamento dos cortes nas taxas de juro nos principais mercados globais.
Como referido,Lisboa surge em 21.º lugar, com uma valorização anual de 3,1%. “Lisboa continua a merecer a atenção de investidores nacionais e internacionais, e a contínua subida de preço reflete também a pouca oferta de produto”, refere Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva | Knight Frank.
O mesmo subscreve Liam Bailey, Global Head of Research da Knight Frank, ao afirmar: “Apesar da pressão das taxas de juro e do abrandamento global, Lisboa continua a demonstrar resiliência no segmento residencial de luxo, sustentada pelo interesse internacional e pela oferta limitada em localizações premium”.
Seul lidera o ranking, com um crescimento anual de 25,2%. Tóquio e Dubai seguem em forte valorização, com 16,3% e 15,8%, respectivamente.
Entre os mercados europeus, Madrid (+6,4%) e Zurique (+5,4%) mostram um desempenho robusto.
Nos EUA, Los Angeles (+3,9%) e São Francisco (+2,9%) mantêm uma trajetória positiva, em contraste com Nova Iorque (0%).
O estudo refere ainda que a evolução futura dos mercados de luxo continuará intimamente ligada à política monetária global. Apesar da inflação controlada em várias economias, a ausência de cortes substanciais nas taxas de juro mantém os custos de financiamento elevados, o que atua como travão ao crescimento mais acelerado dos preços.
“Os mercados de luxo estão a fazer uma pausa colectiva. A recuperação recente foi sustentada pela expectativa de custos de financiamento mais baixos, mas com esse horizonte adiado, um arrefecimento no crescimento dos preços é inevitável”, reforça Liam Bailey.