Prazo médio de pagamento das empresas portuguesas é um dos mais elevados da Europa
O prazo médio de pagamento das empresas portuguesas é um dos mais elevados da Europa. No último trimestre de 2022, o prazo médio nos pagamentos entre as empresas portuguesas foi de 23 dias, um valor muito elevado quando comparado com a média europeia (12 dias) e também com outros países como Espanha (15 dias), França (13 dias) ou Itália (16 dias). Segundo a SERES, especialista em serviços de intercâmbio electrónico seguro de documentos, a implementação da facturação electrónica tem múltiplas vantagens que contribuem para reduzir significativamente os prazos de pagamento e cobrança, ganhando assim maior eficiência e transparência na gestão interna da empresa.
Uma das soluções para reduzir o prazo médio de pagamentos entre empresas do nosso país poderá passar pela gestão de processos Order to Cash (O2C) e Purchase to Pay (P2P). O Order to Cash (O2C) é um processo empresarial que se centra no ciclo completo de uma transacção comercial, desde a colocação de uma encomenda de bens ou serviços até à recepção do pagamento. Já o processo Purchase to Pay (P2P) abrange desde a aquisição de bens ou serviços até ao pagamento final ao fornecedor.
O objectivo de ambos os processos é optimizar o processo de aquisição de bens ou serviços e a gestão da relação com clientes e fornecedores, de modo a maximizar a eficiência, a transparência e a qualidade da relação com clientes e fornecedores.
"Um processo O2C e P2P bem gerido pode ajudar a melhorar a precisão da gestão do inventário, reduzir os custos de processamento, aumentar a satisfação dos clientes e fornecedores e melhorar a rentabilidade da empresa. Para o conseguir, é essencial ter um fornecedor de serviços que acompanhe as empresas na sua transformação digital", explica Alberto Redondo, CMO de SERES Ibéria.
A transformação digital das empresas no nosso país continua atrasada. No que diz respeito à faturação electrónica, o objectivo é que a implementação da mesma entre PMEs e microempresas seja levada a cabo gradualmente, pelo que o Governo estabeleceu que, até ao final de 2023, as empresas poderão utilizar o formato PDF, com o objectivo de assegurar que todas as empresas se adaptem ao formato de facturação electrónica da melhor forma possível. Já no sector público, Portugal é um dos países europeus que tem sofrido mais atrasos na implementação da facturação electrónica, estando três anos atrasado em relação ao previsto, segundo o prazo de implementação de abril de 2020, estabelecido nos regulamentos europeus.