Portugueses continuam a liderar compra de imóveis de luxo
Em 2022, mais de 55% da compra de imobiliário de luxo na Porta da Frente Christie’s foi realizada por portugueses, um ano marcado pelo aumento do preço médio de aquisição que passou para 1.238.339 de euros.
Na apresentação dos resultados da rede de mediação de imobiliário de luxo, Rafael Ascenso, Director Geral da Porta da Frente Christie’s, avançou que os portugueses entraram muito fortes no mercado. Apesar do investidor nacional dominar a compra, os estrangeiros continuam a apostar em imobiliário português, nomeadamente o cidadão brasileiro, assim como as restantes nacionalidades que sempre investirem no nosso país, que na Porta da Frente Christie’s foram de 33 nacionalidades diferentes.
O responsável salientou ainda o crescente interesse dos norte-americanos, onde considerou vários factores para o contínuo interesse. "Com o rendimento dos EUA, os cidadãos norte-americanos têm uma vida em Portugal de desafogo económico. Pagam um seguro de saúde cinco vezes mais elevado lá do que aqui em Portugal e o mesmo acontece na educação. Além da questão da segurança que encontram no nosso país. Com a consolidação do trabalho remoto e do visto nómada digital, os norte-americanos escolhem cada vez mais Lisboa para viver", referiu Rafael Ascenso.
De facto, 2022 foi um ano de um aumento considerável nos resultados da Porta da Frente Christie’s, com 515 milhões de euros de volume de negócios, num total de 416 imóveis vendidos, mais 15% de unidades face a 2021. Números que têm vindo a duplicar desde 2020.
Números que na opinião de Rafael Ascenso mostram que "investir em imobiliário ainda continua a ser o melhor investimento e o mais seguro".
Cascais continua a ser o local onde o valor de imóveis de luxo é mais elevado, tendo uma média de 1.902.159 euros e em 2022 foram os portugueses que mais adquiriram (43%), seguido dos brasileiros (19%), russos (10%) e ingleses (4%) nesta região. Depois segue-se Lisboa onde o valor médio foi de 991.543 euros, continuando os portugueses a comprarem quase a maioria (49%),seguido pelo cidadão brasileiro (15%), angolano (8%) e francês (7%). Oeiras também é um concelho muito procurado sendo o valor médio de 697.757 euros, sendo aqui mais pela maioria de portugueses (75%), brasileiros (14%), belgas (3%) e chineses (2%).
Na Porta da Frente Christie’s verificou-se ainda o regresso dos imóveis ligados ao golfe. Esta tendência está de regresso, não só pelos amantes da modalidade como também pelos locais mais ligados à natureza. A procura por propriedades com mais espaço e áreas exteriores, manteve-se em 2022.
Sobre as tendências futuras, Rafael Ascenso indicou que os portugueses irão continuar a investir no segmento médio-alto e alto em 2023. "A subida da inflação e a baixa rentabilidade de produtos financeiros demonstraram que investir em imóveis continua a ser uma das melhores apostas financeiras", admitiu.
Também projectos integrados em bairros, facilitando a vida das famílias, seja em acessibilidades e nos serviços disponiveis. A procura de viver fora dos centros é para outra grande parte da população um atractivo para 2023.