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Opinião
João Sousa, CEO JPS Group

João Sousa, CEO JPS Group

Portugal precisa de escala: porque os grandes projetos residenciais são essenciais para aumentar a oferta e baixar os preços

9 de dezembro de 2025

No cenário atual de défice habitacional, estima-se que faltam entre 150.000 e 200.000 casas, devido à insuficiente produção anual. Atualmente, apenas se constroem cerca de 24.000 a 28.000 habitações por ano. É evidente que Portugal precisa de medidas governamentais, que respondam à verdadeira dimensão do problema.

A escassez de oferta deve-se ao aumento dos custos de construção, à falta de mão de obra qualificada, à burocracia nos licenciamentos e à fiscalidade elevada, fatores que impedem o setor da construção de responder ao crescimento da procura. Como consequência, os preços das casas sobem e muitas famílias não conseguem comprar, já que os rendimentos não acompanham os valores, agravando as desigualdades no acesso à habitação.

Para inverter este cenário, é necessário adotar uma visão de construção em escala que permita desenvolver projetos urbanos integrados, que combinem habitação, mobilidade, espaços públicos, equipamentos sociais, ambiente e economia.

Os grandes empreendimentos conseguem gerar economias de escala, otimizar infraestruturas, distribuir custos e criar dinâmicas urbanas mais eficientes. Estes projetos permitem planear espaços completos -com habitação, espaços verdes, mobilidade, equipamentos, comércio e serviços - que acrescentam valor aos residentes, promovendo uma relação equilibrada entre qualidade de vida e sustentabilidade económica.

Construir em escala permite reduzir os custos por unidade habitacional, aumentar a eficiência construtiva e contribuir diretamente para a estabilização dos preços das casas no mercado. Para investidores e promotores, a escala possibilita o planeamento a longo prazo e a gestão mais eficiente de recursos humanos e materiais, respondendo melhor à procura existente. Por isso, é fundamental que o país aposte em zonas de expansão urbana bem planeadas, com condições adequadas para receber grandes empreendimentos.

Um exemplo concreto desta visão é a Herdade Real de Santiago, o novo projeto residencial da JPS GROUP que é um dos maiores em Portugal, localizado em Pegões (Montijo). O empreendimento, com cerca de 1.200 frações (villas e apartamentos) e 68 espaços comerciais, distribui-se por uma herdade de 45 hectares. Concebido segundo uma lógica de desenvolvimento integrado, combina habitação, espaços verdes, comércio, serviços, comodidades exclusivas, serviço especial de apoio a residentes seniores, tecnologia e lazer, promovendo a funcionalidade urbana e reduzindo a necessidade de deslocações. Os espaços exteriores favorecem a convivência comunitária e contribuem para um estilo de vida equilibrado e sustentável, aumentando simultaneamente a oferta habitacional na região.

Inserida na estratégia de desenvolvimento territorial do Arco Ribeirinho Sul - que prevê infraestruturas de ponta como o futuro aeroporto em Alcochete, o TGV, com paragem prevista a menos de 15 minutos do empreendimento, e uma nova ponte sobre o Tejo - a Herdade Real de Santiago demonstra como a construção em escala permite criar soluções completas e afirmar uma nova centralidade metropolitana, articulando habitação, mobilidade sustentável, inovação, bem-estar e eficiência energética. Integrando a tecnologia NOS Smart Home, que vai maximizar o conforto, a sustentabilidade e a segurança, e privilegiando áreas verdes e espaços de convívio, este projeto reforça que é possível construir mais e melhor, sem comprometer a qualidade, a acessibilidade e o ambiente, a preços competitivos.

Portugal precisa de empreendimentos de grande dimensão, capazes de gerar transformação, valorizar territórios e dar respostas reais aos desafios da habitação, contribuindo para aumentar a oferta e reduzir os preços das casas. Para isso, é necessário que as políticas públicas estejam alinhadas com esta visão. Temos de apostar na construção em escala, com planeamento e uma perspetiva integrada em projetos urbanos orientados para o futuro.

João Sousa

CEO da JPS GROUP

*Texto escrito com novo Acordo Ortográfico