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Mercado imobiliário comercial em Espanha entra em fase de reajuste, aponta GRI Report

Foto: RossHelen / Envato

Mercado imobiliário comercial em Espanha entra em fase de reajuste, aponta GRI Report

16 de setembro de 2025

O mercado imobiliário comercial em Espanha vive um momento de redefinição estratégica. Segundo o mais recente relatório do GRI Institute, apresentado no encontro España GRI 2025, o desempenho dos activos já não depende apenas da classe de produto, mas da clareza estratégica, da capacidade operacional e da resposta a novos riscos.

E, atendendo a isso, as perspectivas variam de sector para sector. Vejamos:

Hospitalidade. O sector mantém-se como um dos mais dinâmicos, apoiado na recuperação do turismo internacional e na procura doméstica. Os hotéis de luxo continuam a atrair investidores nas principais cidades, enquanto conceitos lifestyle de gama média e estadias prolongadas ganham força em destinos como Valência e Sevilha.

Retalho. O segmento atravessa uma fase de transformação. Apesar da resiliência do consumo e do impacto positivo do turismo, os investidores alertam que a localização já não garante sucesso. A aposta passa por alinhar a oferta com os inquilinos certos, integrar canais digitais e reposicionar activos.



Foto: JJFarquitectos / Envato


Logística. O sector afasta-se da lógica de compressão de yields e foca-se na viabilidade operacional. Estratégias de valorização através de melhorias ESG, reabilitações específicas para arrendatários e projectos “built-to-suit” em localizações alternativas estão a ganhar atracção.

Data centres. O segmento mais dinâmico é o das infraestruturas digitais, com Madrid na liderança. Apesar das restrições no fornecimento de energia e nos processos de licenciamento, novos investidores especializados estão a transformar os data centres de activos imobiliários em pilares de infraestrutura tecnológica.


Foto: jakub_rutkiewicz / Envato


Perspectivas

Para a segunda metade de 2025, o relatório aponta para um mercado em recalibração, mas não em retracção. O foco desloca-se dos fluxos de capital para a profundidade operacional, o enquadramento regulatório e a visão adaptativa.