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O projecto apresentado pelo LREC da Madeira - Foto impensa local

Madeira: Marina do Lugar de Baixo vai ter novo investimento de 200 mil euros

22 de março de 2023

A conhecida Marina do Lugar de Baixo n Ponta Oeste foi uma das obras inauguradas pelo então presidente do Governo da Madeira, Alberto João Jardim, na campanha das legislativas regionais de 2004, mas ficou conhecida pelas piores razões.

A intervenção inicial teve um custo estimado em 29,7 milhões de euros, mas, depois das sucessivas reparações, devido aos estragos provocados por vários temporais, o custo terá ascendido, segundo alguns, aos 100 milhões de euros. O projecto previa o estacionamento de 297 embarcações, entre oito e 25 metros, e “chegou a incluir um concurso público para a subconcessão dos terrenos adjacentes para a construção de um complexo imobiliário pelo Grupo Pestana”, previndo uma subconcessão da gestão do domínio marítimo da marina por um período de 75 anos.

Agora o Governo de Manuel Albuquerque, através da Sociedade de Desenvolvimento da Zona Oeste da Madeira, vai lançar um concurso público para executar a primeira fase da obra de renaturalização da Marina de Baixo, no valor de cerca de 200 mil euros, foi anunciado.

A montante, será também recuperado o Centro de Floricultura da Madeira, um espaço belíssimo, interligado ao Centro de Interpretação da Banana, e criado um percurso turístico naquela área.


Fotos cortesia RTP Madeira


Segundo a presidente do conselho de administração da Sociedade de Desenvolvimento da Zona Oeste da Madeira, Nivalda Gonçalves, a obra deverá decorrer em Abril e Maio, prevendo-se que o espaço possa ser usufruído pela população já durante o Verão.

Nivalda Gonçalves falava na sessão de apresentação da solução técnica encontrada para a primeira fase de renaturalização da zona poente do Lugar de Baixo, que decorreu hoje no Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC), no Funchal.

O espaço vai ser limpo, um dos edifícios demolidos e será criada uma zona com solário e acesso ao mar com as condições de segurança asseguradas, salientou.

“A ideia é devolver à população a utilização daquele espaço, renaturalizar ao máximo com o mínimo de impactos ambientais, com o mínimo de construção possível”, apontou.

A requalificação não inclui a demolição do molhe, uma vez que “aquilo que lá está ainda constitui uma barreira que permite a área molhada no interior da marina seja utilizada em mais de 90% dos dias do ano”, conforme explicou o director do LREC, Pimenta de França.

Segundo o engenheiro, a obra incluirá ainda um perímetro de segurança, com cerca de 40 metros de extensão, numa zona onde “há risco de impacto e ressalto de blocos rochosos que eventualmente se venham a desprender do talude”.

O concurso público será lançado em breve, e a expectativa é que, até Maio, esteja já concluída a intervenção, que prevê a demolição do edifício, a limpeza do local, retirada das estacas, e a criação de uma zona de solário e acesso ao mar.