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foto CM de Loures

Loures: “Tolerância zero” à construção de novas "barracas"

15 de março de 2023

A vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Sónia Paixão (PS), afirmou hoje que o município vai ter tolerância zero à construção de novas “barracas” no concelho e assegurou que só serão realojadas famílias que cumpram os requisitos.

“Assim que detectarmos uma nova construção tomaremos todas as diligências para que tal não aconteça, para que as pessoas percebam, de uma vez por todas, que em Loures [distrito de Lisboa] se fiscaliza o nosso território”, afirmou a autarca.

Sónia Paixão respondia desta forma a questões colocadas pela vereadora da CDU Fernanda Santos e do vereador do Chega, Bruno Nunes, a propósito da demolição de construções precárias ilegais no concelho, nomeadamente no bairro do Talude (Unhos).

Falando sobre esta situação, Sónia Paixão, também responsável pelo pelouro da Habitação, assegurou que os procedimentos tomados pela autarquia “foram legais” e informou que nenhuma das famílias do Talude será realojada em habitações do município.

“A Câmara de Loures não vai realojar nenhuma destas famílias. Continua firme na sua convicção de responder a quem tem um direito de habitação. A quem reside no concelho e cumpre os requisitos do regulamento de habitação”, justificou, explicando que as famílias residiam há pouco tempo no concelho.

A autarca referiu ainda que as seis famílias estão atualmente a pernoitar em pensões, com o apoio da Segurança Social, tendo agora que encontrar alternativas habitacionais.

Na sua intervenção, Sónia Paixão deu ainda conta da erradicação do bairro da Torre, em Camarate, informando que foi hoje demolida a última habitação precária.

Na segunda-feira, cerca de 30 pessoas dirigiram-se ao Ministério da Habitação, em Lisboa, e exigiram uma reunião com a ministra, para pôr fim aos despejos em vários bairros.

À porta do Ministério da Habitação, na zona do Campo Pequeno, estiveram representantes de vários bairros da Área Metropolitana de Lisboa, nomeadamente do Talude (concelho de Loures), do Segundo Torrão (Almada), do 6 de Maio (Amadora) e Montemor (Loures), que pediram realojamento urgente e exigiram que não houvesse mais despejos.

Lusa/DI