
Hong-Kong - foto de Monika Häfliger em Pixabay
Investimento no imobiliário comercial em Hong Kong triplica no terceiro trimestre
A captação de capital no sector imobiliário comercial de Hong Kong registou um aumento histórico no terceiro trimestre de 2025, com um incremento homólogo de 231%, segundo dados da Morgan Stanley Capital International (MSCI).
O volume negociado atingiu 4,9 mil milhões de dólares (4,23 mil milhões de euros), colocando a cidade como o segundo mercado com maior expansão na região Ásia-Pacífico, atrás apenas da Malásia.
De acordo com o fornecedor de serviços de dados, que compila operações avaliadas em mais de 10 milhões de dólares, trata-se do maior montante trimestral desde 2019, reflectindo uma recuperação progressiva no sector imobiliário do enclave financeiro, duramente atingido nos últimos anos.
O relatório detalha que o capital se concentrou em escritórios, centros de dados, espaços comerciais, hotéis e residências para idosos.
A MSCI sublinhou que as principais operações em Hong Kong abrangeram tanto activos corporativos como tecnológicos, impulsionadas por uma melhoria gradual dos fluxos de investimento provenientes da China continental.
Este ‘boom’ ocorre após anos de depreciação de activos e restrições financeiras, acentuadas pela escalada das taxas de juro, que atingiram máximos não vistos desde 2007.
No entanto, a recente decisão da Autoridade Monetária de Hong Kong de reduzir em um quarto de ponto a taxa de juros de referência, para 4,25%, aliviou os encargos com crédito e sustentou a actividade de investimento.
Entre Janeiro e Setembro, o investimento imobiliário no território acumulou 6,2 mil milhões de dólares (5,35 mil milhões de euros), um aumento anual de 39%, de acordo com cálculos da Morgan Stanley publicados hoje no jornal South China Morning Post.
Desde o início do ciclo de flexibilização monetária, em Setembro do ano passado, várias operações importantes foram concluídas.
“As expectativas globais são mais optimistas do que no início do ano”, avaliou Benjamin Chow, chefe de pesquisa de activos privados para a Ásia na MSCI, citado pelo diário de Hong Kong.
“Os rendimentos voltam a ser positivos e a actividade recupera na maioria dos grandes mercados. Tudo indica que 2025 terminará com um saldo favorável”, sublinhou.
Lusa/DI













