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Insolvência

Insolvências aumentaram 10% em Março face ao período homólogo de 2022

11 de abril de 2023

É o primeiro mês do ano em que as insolvências aumentam face aos meses homólogos de 2022. Contudo, no acumulado, as insolvências ainda se mantêm abaixo do total registado no primeiro trimestre do ano passado. As constituições continuam a aumentar, mas de forma mais moderada, avança o Iberinform da Crédito y Caución.

De acordo com o relatório da Iberinform, as insolvências aumentaram 10% em Março, no comparativo com o mesmo período do ano passado, com um total de 447 insolvências, mais 40 que em 2022. Contudo, no acumulado do primeiro trimestre do ano, o total de insolvências ainda se mantém abaixo do valor alcançado em 2022 (-3,2%), com 1.128 insolvências.

Até final de Março, as declarações de insolvência requeridas por terceiros aumentaram 18% face a 2022, com mais 32 declarações, alcançando um total de 215 pedidos. As declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas subiram 22% face ao primeiro trimestre de 2022, com uma variação de mais 43 empresas e um total de 243 declarações. Quanto aos encerramentos com plano de insolvência regista-se um aumento de 33% face a 2022 (mais dois encerramentos, num total de oito). No primeiro trimestre deste ano foram declaradas insolventes (encerramento de processos) 662 empresas, menos 114 que em 2022, o que resulta numa diminuição no total de ações de insolvência (menos 37 que em 2022).

Lisboa e Porto são os distritos com mais insolvências, 246 e 240 respetivamente. Face a 2022, regista-se uma diminuição de 19,1% em Lisboa e de 18,9% no Porto. Com decréscimos destacam-se também: Ponta Delgada (-60%); Castelo Branco (-59,1%); Guarda (-57,1%); Horta (-33,3%); Santarém (-20,5%) e Viseu (-3,3%).

No primeiro trimestre do ano, as insolvências aumentaram nos distritos de: Faro (+84%); Bragança (+75%); Portalegre (+60%); Leiria (+52%); Viana do Castelo (+43%); Madeira (+39%); Aveiro (+17%); Beja (+17%); Braga (+16%); Évora (+ 14%); Setúbal (+10%) e Coimbra (+8,1%). 

Os sectores com maiores subidas são: Telecomunicações (+100%); Indústria Extrativa (+50%); Agricultura, Caça e Pesca (+38%); Transportes (+30%); Hotelaria e Restauração (+7,4%); Construção e Obras Públicas (+5,6%); Comércio de Veículos (+2,5%); Comércio a Retalho (+1,6%) e Outros Serviços (+0,9%).

Com decréscimos nas insolvências destacam-se os sectores da Eletricidade, Gás, Água (-60%), Indústria Transformadora (-18%) e Comércio por Grosso (-19%).


Constituições continuam a aumentar, mas de forma mais moderada

Em Março, foram constituídas 4.793 novas empresas, mais 77 que no período homólogo de 2022 (+1,6%). Em termos acumulados verifica-se um acréscimo em relação aos anos de 2021 e 2022. O primeiro trimestre deste ano fechou com 14.885 novas empresas constituídas, o que traduz um acréscimo de 7,3% face a 2022.

Lisboa regista o número mais significativo de novas constituições, com 4.928 (+7,8% que em 2022), seguida pelo Porto, com 2.416 novas empresas (+5,2%).

Os distritos que também apresentaram acréscimos são: Aveiro (+18%); Faro (+16%); Setúbal (+15%); Beja (+14%); Ponta Delgada (+12%); Coimbra (+10%); Leiria (+8,7%); Portalegre (+8,2%); Santarém (+7,3%); Castelo Branco (+4,5%); Braga (+3,1%); Viana do Castelo (+2,8%) e Évora (+1,3%).

Com variação negativa destacam-se: Angra do Heroísmo (-29%); Bragança (-20%); Horta (-13%); Guarda (-11%); Viseu (-6,4%); Vila Real (-5,9%) e a região da Madeira (-1,9%).

Os sectores que em Março apresentaram uma variação positiva na constituição de novas empresas são: Transportes (+115%); Eletricidade, Gás, Água (+51%); Comércio de Veículos (+22%); Hotelaria e Restauração (+15%); Comércio por Grosso (+1,6%); Construção e Obras Públicas (+1,6%) e Outros Serviços (+0,5%).

Com variação negativa destacam-se: Indústria Extrativa (-60%); Telecomunicações (-30%); Agricultura, Caça e Pesca (-20%); Comércio a Retalho (-13%) e Indústria Transformadora (-13%).