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Habitação

 

Preço das casas sobe 5% no primeiro semestre

24 de julho de 2020

Nos primeiros seis meses do ano, o preço médio das casas à venda em Portugal aumentou 5% e em Lisboa, Belém foi a freguesia que registou a maior subida dos preços de vendas, com 6,94%, de acordo com o ‘Market Report’ da Casafari, proptech portuguesa que detém a mais completa e limpa base de dados do mercado imobiliário em Portugal.

O estudo é relativo a Lisboa, Porto e Faro, e outras grandes cidades portuguesas com dados dos últimos seis meses. E conclui que o preço médio de venda dos apartamentos, em Lisboa, subiu 1,25%, desde o início do ano;  como já referido, Belém foi a freguesia que registou a maior subida dos preços de vendas, com 6,94%, seguida pelas freguesias do Beato (5,87%) e Parque das Nações (5,30%);

Os concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras foram os concelhos com o preço médio de venda mais elevado, 527,687, €454,687 euros e 333,857 euros, respectivamente, enquanto o concelho da Amadora (-0,27%), Loures (-1,39%) e Cadaval (-2,07%) foram os únicos que verificaram uma descida do preço médio;

O concelho do Porto (259,423 euros), Matosinhos (238,545 euros) e Vila Nova de Gaia (197,842 euros)) destacam-se por serem os concelhos com o preço médio de venda mais caro. O concelho de Santo Tirso (6,08%), Amarante (5,91%) e Póvoa de Varzim (5,19%) foram os que apresentam o maior crescimento;

O concelho de Loulé, Lagos e Faro permanecem os concelhos com o preço médio de venda superior, enquanto Lagos, foi o único concelho do distrito de Faro a verificar uma descida (-0,18%);

 O distrito mais caro continua a ser liderado por Lisboa (3.549 euros por m2), seguido por Faro (2.270 euros por m2) e Porto (2.143 euros por m2). Já Guarda (658 euros por m2), Portalegre (743 euros por m2) e Santarém (762 euros por m2) mantêm-se como as zonas com valores mais acessíveis.

- A maior variação positiva ocorreu em Braga (3,87%) e a negativa ocorreu em Évora (-2,17%).

Quanto ao arrendamento, desde o início do ano, Porto (-11,10%) verificou a maior variação e Lisboa (-8,18%) a segunda maior. Em Faro (-0,55%) verificou-se uma variação menos significativa, inferior a 1%.

A maior variação positiva ocorreu em Bragança (15,34%) e a negativa ocorreu em Madeira (-21,42%). De destacar que, no arrendamento, o distrito mais caro, continua a ser Lisboa - 15 euros por m2 - , seguido por Porto - 10 euros por m2 - e Faro, com 8 euros por m2.

Oferta de apartamentos no arrendamento registou um forte aumento

A oferta de apartamentos no arrendamento registou um forte aumento, desde o início do ano até o final de Junho. A maior variação verificou-se no Porto passando de 1720 para 2986 apartamentos. A oferta em Lisboa (+33,65%) e Faro (+17,32%) foi igualmente significativa.

No segmento de apartamentos para venda, seguindo a tendência verificada na maioria dos distritos, a oferta disponível, desde o início do ano, em Lisboa (5,88%), Porto (6,10%) e Faro (2,83% ) também aumentou.

No segmento de moradias para venda, enquanto Lisboa (3,52%) e Faro (1,61%) registou um aumento de stock, o Porto (-0,74%) verificou uma ligeira diminuição da oferta, desde o início do ano.           

Para Nils Henning, fundador da Casafari, “o mercado imobiliário português tem sido imune à pandemia no que respeita aos preços médios de venda, mostrando sinais de grande estabilidade, com tendência para subir, ao contrário do mercado de arrendamento, cujo preço tem sido bastante afetado pelas alterações estruturais do mercado de arrendamento de curto prazo, bem como pelo impacto noutras áreas económicas do Covid-19. Os dados registados já nos estão a indicar alguns sinais de retoma e o mercado imobiliário português deverá recuperar gradualmente ao longo deste ano”.