
Foram vendidos 47,9 mil imóveis no primeiro semestre
No primeiro semestre deste ano foram transaccionados cerca de 47,9 mil imóveis (tanto urbanos, como rústicos ou mistos), tendo o segundo trimestre de 2014 registado aproximadamente 23,9 mil transacções, registando um aumento homólogo de 3%, segundo os dados do Gabinete de Estudos da APEMIP, Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal.
“Estes números comprovam a retoma do sector imobiliário. O número de transacções tem vindo a aumentar há quatro trimestres consecutivos, o que significa que se o ano civil fosse de 1 de Junho de 2013 a 30 de Junho de 2014, este seria o ano da confirmação da recuperação do sector imobiliário”, revela Luís Lima, Presidente da APEMIP.
De acordo com o responsável estes dados indicam um sector mais optimista, influenciado pelas dinâmicas do próprio mercado, entre as quais se destaca o investimento estrangeiro. “O grande motor para a retoma do mercado imobiliário português foi o investimento estrangeiro, estimulado por programas como a Autorização de Residência para Investimento (Vistos Gold) e pelo Regime Fiscal para Residentes Não Habituais, que contaminaram positivamente o mercado interno devolvendo-lhe confiança, mas também pelo valor dos nossos activos imobiliários que são seguros, credíveis e que registam uma tendência de valorização. Desde o terceiro trimestre de 2013 que a auscultação do sector me permitia ter uma noção antecipada do trajecto optimista do mercado que agora se confirma”, afirmou.
Segundo as estimativas da APEMIP é possível inferir que, no primeiro semestre, as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto concentraram cerca de 14% das transacções registadas no país, sendo que dos 10 municípios mais relevantes em termos nacionais, sete não pertencem a estas duas unidades territoriais (Loulé, Leiria, Pombal, Viseu, Águeda, Barcelos e Vila Nova de Famalicão).
Em termos nacionais estima-se que, no decorrer do primeiro semestre de 2014, cerca de 80 municípios conseguiram assegurar a realização de, pelo menos, 200 transacções imobiliárias em cada um. Observa-se ainda que o maior número de ocorrências de transacções tenham sido efectuadas no município de Loulé e, quantitativamente, em menor grau em Barrancos.