Custo da habitação leva quase metade do salário
De acordo com estudo elaborado pela central sindical CGTP-IN, «Habitação e custo de vida» a variação anual homóloga dos custos da habitação acelerou 12,2% no terceiro trimestre de 2021.
“A subida do custo da habitação revela-se um problema cada vez maior na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras no nosso país”, sublinha o estudo da Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens (CIMH), da CGTP-IN.
“O peso do valor dos novos arrendamentos na remuneração representava, em meados de 2021, uma média de 44%, tendo como referência a remuneração mensal bruta declarada à Segurança Social e um alojamento na ordem dos 81 metros quadrados” – sublinha o documento.
Que adianta: “Em 2021, os preços de bens e serviços tiveram um crescimento anual mais elevado do que nos dois anos anteriores. A aceleração dos preços continua em 2022, a que acrescem as consequências – ainda não quantificadas – do deflagrar da guerra no Leste europeu”.
Os custos elevados verificam-se – prossegue o estudo - “quer ao nível do arrendamento, quer ao nível da aquisição de casa própria através do recurso a empréstimo bancário e a um endividamento por largos anos, muitas vezes, por falta de alternativa de arrendamento a preços comportáveis”.
O estudo elaborado pela Comissão para a Igualdade da CGTP-IN, enquadra-se no âmbito do lançamento da Semana da Igualdade, de 7 a 11 de Março.