
Barracas e alojamentos provisórios caiu 76% numa década
Em 2011, a proporção de alojamentos não clássicos no conjunto dos alojamentos familiares era de 0,11%, reflectindo um total de 6 612 alojamentos ocupados para residência habitual e correspondentes, maioritariamente, a barracas, casas rudimentares de madeira, alojamentos móveis ou alojamentos improvisados em edifícios, traduzindo uma redução de 76% face a 2001.
De acordo com a recente edição do Retrato Territorial de Portugal (publicação bienal) do INE – Instituto Nacional de Estatística, a redução da população residente em alojamentos familiares não clássicos foi ainda mais significativa (cerca de 79%), passando de 82 mil para 17 mil indivíduos.
De dois municípios sem barracas em 1999 juntaram-se mais 31 em 2011
Em 99 dos 308 municípios portugueses, a proporção de alojamentos familiares não clássicos ficava, em 2011, acima da média nacional (0,11%). Aos dois municípios onde, em 2001, não foi registado qualquer alojamento familiar clássico – Nordeste e Corvo (ambos na Região Autónoma dos Açores) – juntaram-se, em 2011, mais 31 municípios (maioritariamente pertencentes às regiões autónomas e ao Interior continental Norte).
Sul e região Lisboa com os números mais elevados
O retrato territorial salienta a maior incidência de alojamentos não clássicos no Sul do Continente (sobretudo, no Alentejo e no Algarve mas também na região de Lisboa) por oposição ao Norte e Centro continentais e às regiões autónomas. Em mais de dois terços das 4 260 freguesias existentes no momento censitário (2 890), não foi recenseado qualquer alojamento familiar não clássico.