
Em dez anos só 25 municípios diminuíram excesso de casas
Em 2011, a situação de excesso de alojamentos familiares face ao número de famílias clássicas era comum a todos os municípios nacionais. Em 2001, apenas o município do Corvo apresentava um défice de alojamentos. Entre 2001 e 2011, o excedente de alojamentos apenas se atenuou em 25 municípios, salientando-se um conjunto de nove municípios localizados na Área Metropolitana de Lisboa, com destaque para Sesimbra (-19%), seguindo-se Almada e Cascais (-10%, em ambos os casos); mas também quatro municípios integrados na Área Metropolitana do Porto, evidenciando-se São João da Madeira (-6%).
De acordo com a recente edição do Retrato Territorial de Portugal (publicação bienal) do INE – Instituto Nacional de Estatística, entre os municípios onde o excedente habitacional mais se acentuou, destaca-se o Interior Centro formado por Sabugal, Penamacor, Idanha-a-Nova mas também o território algarvio constituído pelos municípios de Alcoutim e de Tavira. Assim, o retrato territorial deste saldo em 2011 destacava, pelo maior excedente relativo, o Interior Norte e Centro do Continente e o Algarve e, pelo menor excedente relativo, o Litoral ocidental, o Alentejo e as regiões autónomas.
Entre 1991 e 2011, verificou-se um reforço da concentração territorial dos alojamentos familiares clássicos de residência habitual. Pelo contrário, os alojamentos de uso sazonal ou residência secundária têm vindo a distribuir-se de forma ligeiramente mais equitativa pelo território nacional, o mesmo acontecendo com os alojamentos familiares não clássicos (barracas, casas rudimentares de madeira, alojamentos improvisados em edifício, móveis ou outros locais habitados).