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Alerta para subida da prestação do Crédito Habitação

 

Alerta para subida da prestação do Crédito Habitação

 

Alerta para subida da prestação do Crédito Habitação

16 de maio de 2022

O Doutor Finanças prevê que “o Banco Central Europeu (BCE) comece a aumentar as taxas de referência para a Zona Euro”.

Para Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças, “Se a nossa prestação de crédito aumentar, temos de perceber, o impacto que terá no nosso orçamento familiar. Ainda que saibamos que a subida será gradual, é determinante percebermos como pode afetar o nosso orçamento e o que podemos fazer para evitar situações complicadas”, comenta.

O especialista em finanças pessoais realça que a subida de juros será progressiva, não sendo possível antecipar a dimensão da mesma. Ainda assim, o que está a ser previsto pelo mercado é que as taxas de juros não devem subir de forma acelerada nos próximos anos.

O swap a 5 anos - que é a referência sobre o que o mercado de capitais está a prever que seja a realidade nos próximos anos - está a negociar no mercado nos 1,3%, o que reflecte que está longe de se antecipar uma subida agressiva dos juros.

Contudo, é fundamental perceber qual o impacto que uma subida desta dimensão terá na vida de cada um. “Num crédito associado à Euribor a seis meses, cujo montante em dívida é de 100 mil euros, em que faltam 300 prestações para o seu final, e tem um spread de 1,25%, corresponde actualmente a uma prestação de cerca de 370 euros. Sendo que, neste caso, ainda se beneficia de uma taxa Euribor negativa.

 

Recorrer a um simulador de taxa  de esforço...

Se a Euribor subir para 1,3%, o mesmo empréstimo vai sofrer um aumento da prestação para cerca de 450 euros, ou seja, mais 80 euros.

“Estas são as contas que cada um deve fazer para se antecipar e perceber de que forma a subida de juros pode influenciar o seu orçamento familiar. Para tal é possível usar a calculadora de prestação de crédito habitação, simulando com alteração da taxa de juro” – refere o especialista.

“A seguir – adianta - é preciso avaliar qual a nossa taxa de esforço actual e a sua oscilação num contexto de aumento de juros. Se quando contratámos o nosso crédito habitação, a nossa taxa de esforço era de 30% (limite máximo recomendado), provavelmente a nossa actual prestação de crédito não deixa o nosso orçamento demasiado apertado. Contudo, se temos outros empréstimos ou cartão de crédito, o cenário pode ser distinto” - sublinha.

Assim, é aconselhável simular a nossa taxa de esforço, que não é mais “do que a relação entre o rendimento mensal líquido do nosso agregado familiar e as nossas despesas. Para ser mais simples fazer os cálculos, é possível recorrer ao simulador de taxa de esforço”.

Num cenário de aumento do custo com o crédito pode ser recomendável a revisão dos encargos, de forma a reequilibrar o orçamento familiar. Se tivermos vários empréstimos a correr, e estes pesarem 50% ou mais dos nossos rendimentos é recomendável que se actue de forma célere.