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Guia salarial para o sector da Construção para 2024

23 de maio de 2024

A Adecco Recruitment acaba de lançar o Guia salarial para o sector da Construção para 2024. Encarregado de Obra e Director de Obra são as funções com salários mais altos em Portugal neste sector.

Este Guia para o ano de 2024, apresenta uma análise detalhada das tendências salariais, em Lisboa e no Porto, para as várias funções dentro destes sectores. É também referido quais as competências e benefícios mais valorizados, bem como as perspectivas do mercado de trabalho.

Desta forma, este estudo foi desenvolvido em resposta aos desafios persistentes enfrentados desde 2023, incluindo a inflação elevada, a crise energética mundial e as políticas restritivas dos bancos centrais, factores esses que têm contribuído para uma desaceleração do crescimento económico global, prevendo-se uma redução de 3,5% em 2022 para 3% em 2023 e 2024. Neste contexto, as empresas enfrentam dificuldades significativas na atração e fidelização de talentos, exigindo estratégias robustas para superar esses obstáculos.

"Neste período de transformação acelerada, é essencial que as empresas adotem estratégias inovadoras de empregabilidade. Este Guia não só destaca as tendências salariais, mas também fornece uma orientação clara sobre como as organizações podem atrair e fidelizar talentos qualificados, uma vez que a nossa análise revela a importância de competências digitais e comportamentais, comunicação aberta, trabalho flexível e inclusão de colaboradores mais seniores, como pilares para um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo", refere Bernardo Samuel, Adecco Recruitment Director.

Perspetivas do mercado de trabalho e Estratégias para promover a empregabilidade

O guia identifica cinco tendências fundamentais às quais os líderes devem estar atentos. Em primeiro lugar, há um défice de competências persistente, com 38,5% dos candidatos a acreditarem que os empregadores têm requisitos irrealistas, enquanto seis em cada 10 trabalhadores precisarão de uma actualização de competências até 2027. A dimensão da Great Resignation continua a ser uma variável incerta, com 26% dos colaboradores a indicarem que pretendem mudar de emprego no espaço de 12 meses, sublinhando a necessidade de melhores estratégias de retenção de talentos.

O trabalho híbrido, por sua vez, mantém-se como uma tendência forte, com 39% dos profissionais a trabalharem num ambiente híbrido até ao final de 2023, refletindo a procura por um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. O fenómeno do ghosting no mercado de trabalho também se destaca, com 62% dos trabalhadores a relatar terem sido alvo de ghosting por parte dos empregadores e 25% dos candidatos a emprego a admitirem ter praticado ghosting. Por fim, observa-se um crescimento do unretirement, com mais pessoas entre os 50 e os 64 anos a regressar ao mercado de trabalho, impulsionadas pela escassez de mão-de-obra e pela inflação.

Desta forma, como resposta a estas perspectivas, são também sugeridas, neste estudo, várias estratégias para criar uma base de colaboradores orientados para o futuro, no qual é crucial destacar as competências, especialmente digitais e comportamentais, com 53% dos trabalhadores a afirmar que a sua função exige formação especializada. Manter uma comunicação aberta e regular com candidatos e colaboradores é fundamental para a fidelização de talentos, assim como a aceitação do trabalho flexível. Por último, mas igualmente importante, é essencial acolher colaboradores mais seniores, proporcionando formação adequada e oportunidades de desenvolvimento de competências, aproveitando a vasta experiência e enriquecendo a força de trabalho com diversas perspetivas.

Análise financeira e diferenças salariais

Neste sentido, o sector da Construção encontra-se em constante evolução, refletindo-se em salários competitivos para atrair e manter os melhores profissionais. Assim, as funções com os salários mais elevados são o Encarregado de Obra, com uma faixa salarial de 25,200 euros a 49,000 euros em Lisboa e 27,000 euros a 42,000 euros no Porto e o Director de Obra, com salários entre 22,400 euros e 42,000 euros em Lisboa e 19,600 euros a 42,000 euros no Porto. Enquanto as funções com os salários mais baixos incluem o Orçamentista, com uma faixa salarial de 19,600 euros a 35,000 euros em Lisboa e 18,000 euros a 35,000 euros no Porto e o BIM, com salários entre 21,000 euros e 28,000 euros em Lisboa e no Porto.