CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Actualidade

Verdelago Resort

Expectativas de vendas de habitações em resorts em máximos de três anos

18 de outubro de 2024

A Costa Atlântica, no 1ª semestre, o investimento estrangeiro foi dominado por brasileiros, em contraste com o 2ª semestre de 2023 onde contabilizaram compradores de nove nacionalidades, revela o relatório “Portuguese Resorts Market Report”, produzido pela Confidencial Imobiliário em parceria com a Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts. O estudo demonstra que as expetativas dos operadores em relação ao volume de transações de casas em resorts estão em máximos de três anos, o que representa um forte aumento da confiança no desempenho do mercado.

Além da melhoria da conjuntura macroeconómica, estas perspectivas mais otimistas são também influenciadas pela recuperação das vendas no mercado residencial. Em relação aos preços, os operadores não alteraram as suas expectativas, com a percepção geral de que os valores dos resorts se irão manter estáveis.

Este optimismo agora revelado surge depois de um primeiro semestre de 2024 marcado por uma redução da actividade transaccional no mercado de resorts, com uma queda acentuada das vendas deste tipo de habitação face ao semestre anterior. Tal terá sido um efeito do final dos regimes de incentivo ao investimento estrangeiro, nomeadamente os Vistos Gold, uma vez que, a par da redução do número de transações, se observou também uma redução do leque de nacionalidades ativas na maioria dos destinos. 

Como referido, o exemplo dos resorts situado na Costa Atlântica, onde no 1ª semestre de 2024 o investimento estrangeiro foi dominado por brasileiros, em contraste com o 2ª semestre de 2023 onde contabilizaram compradores de nove nacionalidades.

Pelo contrário, o eixo Albufeira-Loulé, que é o destino de resorts mais consolidados, aumentou o número de nacionalidades compradoras, passando de cinco no 2º semestre de 2023 para oito no 1º semestre de 2024. Os britânicos são os principais compradores estrangeiros de resorts nesta geografia, mas reduziram a sua quota de 62% para 47% entre os dois semestres em análise.


Quinta do Lago Resort


No 1º semestre de 2004, os preços de venda da habitação em resorts apresentaram uma subida de 5,9% face ao 1º semestre de 2023. Após um ciclo de fortes subidas que levou os preços a atingirem um aumento homólogo recorde de 26,6% no 1º semestre de 2023, os níveis de valorização dos resorts seguem agora a tendência geral do mercado residencial, possivelmente em resultado dos patamares de preço já atingidos neste mercado em particular.

De destacar também o reforço dos preços na gama alta, reflexo do maior influxo de fogos novos. No 1º semestre de 2024 o valor das casas nos resorts de luxo aproximou-se dos 11.000 euros por metro quadrado (m2), superando pela primeira vez os 10.000 euros por metro quadrado em todas as quatro regiões monitorizadas e variando entre um mínimo de 10.450 euros/m2 no Sotavento do Algarve e um máximo de 12.250 euros/m2 na Costa Atlântica, o eixo litoral que se estende da região Oeste à Costa Alentejana.

No 2º trimestre deste ano, Albufeira, Lagos e Loulé, três dos principais mercados residenciais do Algarve, estabilizaram os preços de venda da habitação, exibindo variações residuais face ao trimestre anterior. De acordo com o Índice de Preços Residenciais, Loulé, que é o mercado mais caro da região e um dos maiores em termos de procura (15% das vendas), apresentou uma variação trimestral de 0,2% nos preços de venda, ao passo que em Lagos (quota de 10%) a oscilação de preço ficou em 0,6%.

No caso de Albufeira, que agrega 12% das vendas regionais, a variação foi igualmente residual, entrando até em terreno negativo, ao atingir -0,5%. O comportamento destes três concelhos, que entre si concentram mais de um terço do mercado de habitação do Algarve em volume de vendas, impactou o desempenho agregado dos preços na região, que no trimestre em causa registaram uma variação em cadeia de 0,4%.

“Os resultados deste relatório confirmam que permanece o interesse contínuo de investidores, tanto nacionais quanto internacionais, pela compra de habitações em resorts em Portugal. Apesar do 1º semestre de 2024 marcado pelo abrandamento do mercado, devido essencialmente ao fim dos Vistos Gold decidido pelo anterior governo, vemos agora sinais positivos traduzidos pelas previsões de vendas de habitações resorts nos nossos associados que se encontram em máximos de 3 anos. As expectativas para o resto do ano são muito auspiciosas, antecipando-se que o mercado continue a prosperar, com uma valorização contínua das propriedades em áreas como o Algarve e o Alentejo, que continuam a captar o interesse dos investidores nacionais e internacionais. A excelência dos resorts portugueses é já reconhecida em todo o mundo e estes empreendimentos afirmam-se cada vez mais como locais de eleição para adquirir um imóvel para investir ou viver”, Pedro Fontainhas, Director Executivo da Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts.

Para Ricardo Guimarães, Director da Confidencial Imobiliário: “O mercado residencial, como um todo, passou nos últimos dois anos por um período de claro arrefecimento, essencialmente decorrente do impacto do aumento dos juros e da inflação. Houve menos vendas e uma descida no ritmo de valorização. Mais recentemente, a melhoria macroeconómica registada tem levado à retoma do mercado, observando-se novamente um aumento das vendas. No caso dos Resorts, acaba por se observar o mesmo tipo de comportamento, sendo de esperar uma clara retoma da procura, tal como acontece no mercado em geral”.