Logo Diário Imobiliário
CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
JPS Group 2024Porta da Frente
Espaços de Autor
Uma casa que se eleva na paisagem

 

Uma casa que se eleva na paisagem

 

Uma casa que se eleva na paisagem

 

Uma casa que se eleva na paisagem

 

Uma casa que se eleva na paisagem

 

Uma casa que se eleva na paisagem

 

Uma casa que se eleva na paisagem

 

Uma casa que se eleva na paisagem

 

Uma casa que se eleva na paisagem

 

Uma casa que se eleva na paisagem

 

Uma casa que se eleva na paisagem

 

Uma casa que se eleva na paisagem

13 de fevereiro de 2015

A paisagem algarvia ficou mais rica, bela e esplendorosa depois desta moradia na Luz, no concelho de Lagos. A serra, o mar e a cidade são visíveis da casa mas ela mantém a sua privacidade e tira partido de toda a envolvente. A beleza e a excelência da arquitectura portuguesa estão aqui representadas.

A modernidade e o arrojo das linhas arquitectónicas conquista de imediato e a leveza com que se eleva no terreno arrebatam. Para surpreender existe ainda a piscina que começa no interior da casa e se abre para o exterior à conquista do horizonte.

O arquitecto algarvio Mário Martins surpreende-nos sempre em todo os projectos e este é mais um desses exemplos de criatividade portuguesa. A Villa Escarpa resultou na sua opinião, numa solução arquitectónica mais interessante, do qual apresenta um claro benefício ambiental e arquitectónico com a demolição total da construção existente e a sua substituição por uma nova habitação, implantada sobre a área de construção existente, mas dotada de uma maior leveza visual e uma melhor articulação com a envolvente.

A Villa Escarpa surgiu, desta forma, com uma linguagem arquitectónica actual, dotado de condições de conforto, e elevados requisitos técnicos com recurso a energias renováveis, procurando uma considerável sustentabilidade energética do edifício.

O arquitecto refere que o projecto que se apresenta é desenvolvido a partir de um conjunto de solicitações e condicionantes impostas principalmente pelo local, pelo requerente e pela regulamentação em vigor.

Das solicitações e condicionantes salientou:

  • A criação de um elemento arquitectónico com recurso a uma linguagem contemporânea;

  • Respeito e articulação com a envolvente próxima, refutando no entanto o mimetismo e o pastiche;

  • Estimulação da actividade criativa, mas com recurso a materiais ou técnicas construtivas correntes;

  • Resolver os aspectos particulares do suporte físico, do clima e das vistas;

  • A criação de um objecto arquitectónico leve, fluido, de elevada transparência e elegância, onde a horizontalidade da leitura do edifício seja uma continuidade das linhas horizontais que marcam o seu enquadramento paisagístico.

A habitação é dominada pelo espelho de água

O terreno apresenta uma área de 8 600 m2, com forma regular, com desnível acentuado no sentido Norte, mas cujas vistas se abrem ainda a Poente, ao Sol e ao mar.

A habitação apresenta um só piso, acima da cota de soleira onde se desenvolve toda a composição funcional das áreas habitacionais.

A entrada é efectuada através de um pátio exterior parcialmente coberto, e transparente, numa zona que estrategicamente acede aos principais compartimentos da habitação.

A habitação é dominada pelo espelho de água que medeia a ampla sala comum da cozinha. Esta é a área social e mais aberta da habitação.

Quatro quartos, com instalações sanitárias de apoio, com acesso através de galeria envidraçada para um pátio íntimo, complementam funcionalmente a composição da área habitacional.

Um generoso coberto exterior abraça a habitação e estende-se deliberadamente a Poente sobre a sala e piscina, criando-se um espaço exterior de estar, com maior protecção dos ventos de Norte.

Luz mutante confere ao edifício diferentes recortes visuais

Mário Martins revela que o edifício apresenta um conjunto de formas simples, uma linguagem contemporânea, sóbria e depurada. "Caracteriza-se genericamente por um volume branco, solto, balançado, livre e recortado. Trata-se de um volume branco esventrado, de elevada transparência e complementado por apontamentos de planos de cor escura. E é a forte presença do sol a Poente, com as suas sombras fortemente vincadas se assumem como a cor do edifício. E é esta luz que é mutante, que confere ao edifício diferentes recortes visuais e diferentes formas de viver à sombra dessa luz. E é esta luz que dá cor e confere o sentido ao branco que reveste um edifício que se quer plane sobre a envolvente natural", conclui o arquitecto.

Ficha Técnica:

Projecto: Villa Escarpa

Localização: Luz - Lagos

Projecto: Construção 2007-2011

Arquitectura: Mário Martins

Colaboradores: Sónia Fialho; Rita Rocha; Rui Duarte; Sara Glória; Sónia Santos; Miguel Santos; Filipa Santos; Fernanda Pereira; António Caçapo; Rui Saavedra

Engenharias: Nuno Grave - engenharia, Lda

Fotografia: Fernando Guerra [FG+SG]