O mercado imobiliário tem hoje uma razoável capacidade de se adaptar
O grupo Omega, empresa de promoção, investimento e engenharia com uma larga experiência no mercado imobiliário do Grande Porto, é um dos promotores imobiliários que tem neste momento grandes projectos em desenvolvimento. José Carvalho, CEO do grupo, em entrevista ao Diário Imobiliário revela que o sector encontra-se mais robusto para ultrapassar a situação que estamos a viver.
O que vai acontecer ao mercado imobiliário depois desta pandemia?
Naturalmente que o impacto no negócio imobiliário será grande. Porém, uma vez que o sector se encontra hoje muito mais robusto e capitalizado do que na anterior crise das "dívidas soberanas" tem hoje uma razoável capacidade de se adaptar, o que pode permitir ultrapassar de forma resiliente o “ vale” longo e cavado que nos espera. Sendo o negócio de ciclo longo, deverá ser bem balanceado o ritmo de desenvolvimento dos projectos .
Qual o impacto na sua empresa?
No curto prazo tomamos medidas de contenção como toda a gente. A área administrativa em teletrabalho, área da produção das obras abrandou um pouco, mas não parou e a área comercial, praticamente parou. No longo prazo esperamos uma grande diminuição no volume de negócios.
Que medidas são necessárias tomar para minimizar o impacto?
Serão necessárias um conjunto de medidas profundas e rápidas , em matéria de fiscalidade, de impostos, de carências nas prestações sociais, de linhas de apoio às tesourarias, de agilização de regras contratuais e jurídicas e, em tudo que tenha a ver com burocracia. E as empresas tem que fazer o papel delas - reorganizarem-se do ponto de vista da gestão e balancearem os seus investimentos de forma adequada.