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O mercado imobiliário tem hoje uma razoável capacidade de se adaptar

6 de abril de 2020

O grupo Omega, empresa de promoção, investimento e engenharia com uma larga experiência no mercado imobiliário do Grande Porto, é um dos promotores imobiliários que tem neste momento grandes projectos em desenvolvimento. José Carvalho, CEO do grupo, em entrevista ao Diário Imobiliário revela que o sector encontra-se mais robusto para ultrapassar a situação que estamos a viver.

O que vai acontecer ao mercado imobiliário depois desta pandemia?

Naturalmente que o impacto no negócio  imobiliário  será grande. Porém, uma vez que o sector  se encontra hoje muito mais robusto e capitalizado do que na anterior crise das "dívidas soberanas"   tem hoje uma razoável capacidade de se  adaptar, o que pode permitir ultrapassar de forma resiliente o “ vale” longo e cavado que nos espera.  Sendo o negócio de ciclo longo, deverá ser bem balanceado o ritmo de desenvolvimento dos projectos .

Qual o impacto na sua empresa?

No curto prazo tomamos medidas de contenção como toda a gente. A área administrativa em teletrabalho, área da produção das obras abrandou um pouco, mas não parou e a área comercial, praticamente parou. No longo prazo esperamos uma grande diminuição no volume de negócios.

Que medidas são necessárias tomar para minimizar o impacto?

Serão necessárias um conjunto de medidas profundas e rápidas , em matéria de fiscalidade, de impostos, de carências nas prestações sociais, de linhas de apoio às tesourarias, de agilização de regras contratuais e jurídicas e, em tudo que tenha a ver com burocracia. E as empresas tem que fazer o papel delas - reorganizarem-se do ponto de vista da gestão e balancearem os seus investimentos de forma adequada.