O SIL é a ‘montra’ do imobiliário em Portugal e este ano irá manter essa função
Num ano de pandemia, onde as feiras nacionais e internacionais têm sido desmarcadas, o Salão Imobiliário de Portugal - SIL vai mesmo acontecer entre os dias 8 e 11 de Outubro, na Feira Internacional de Lisboa – FIL. Na sua 23ª edição o maior evento imobiliário do país traz ainda um novo formato para se adaptar às novasd exigências sanitárias. Num modelo híbrido, a feira pode ser visitada presencial e virtualmente e os negócios também podem ser realizados das duas formas. Em entrevista ao Diário Imobiliário, Sandra Bértolo Fragoso, gestora do SIL, afirma que estamos a viver uma nova realidade mas isso não vai impedir de se continuar a dinamizar o mercado imobiliário.
Num ano em que se junta pela primeira vez o SIL, a Tektónica e a Intercasa.
Como irá decorrer o SIL 2020 perante as circunstâncias actuais?
Perante a situação que estamos a viver, vamos ter um SIL diferente, no entanto, vamos realizar o Salão Imobiliário e tal como nos outros anos, vai continuar a ser o evento de referência para o sector, o que representa um grande desafio pelo compromisso que temos, e as expectativas que o mercado tem em relação ao evento.
O SIL é o ponto de encontro do sector, tem acompanhado todas as tendências do mercado e é aqui que se percebe muitas vezes as necessidades, as exigências, as dificuldades, onde se concretizam negócios e se sente o ‘pulso’ do mercado. É a ‘montra’ do sector e irá continuar a ter essa função.
Será uma edição diferente, no sentido em que, pela primeira vez, teremos um Salão híbrido, ou seja, presencial e on-line, através de uma plataforma onde estarão presentes todos os expositores e através da qual poderão mostrar os seus produtos a um maior número de compradores nacionais e internacionais, beneficiando assim de uma maior visibilidade.
Como está o sector a reagir e como tem sido a adesão das empresas e investidores?
Apesar da apreensão de algumas empresas face ao presente contexto, esperam que consigamos assegurar todas as condições de segurança para a realização do SIL e desejam que o mesmo aconteça dada a importância que tem para o sector.
Posso dizer que o feedback tem sido positivo, vai ser um SIL diferente, no entanto, o seu ADN está lá – Networking e Negócios e é esse o nosso objectivo.
Como é natural, os expositores gostam do ambiente de feira, mais físico, onde a interacção com os clientes e concorrentes é fundamental, mas vamos utilizar as novas tecnologias, com um modelo híbrido, potenciando ainda mais o negócio dos nossos expositores.
Que novidades serão apresentadas?
A maior novidade deste ano será precisamente o formato híbrido, que apostará num evento presencial e uma forte componente tecnológica, que permitirá o alcance alargado de um universo de interessados em conhecer as empresas e a sua oferta e ainda participar nas várias actividades – conferências, reuniões e entrega de prémios, entre outros.
Será utilizada a plataforma Swapcard, que é uma Plataforma virtual com duas possibilidades: Mobile e Web APP e que permitirá aos expositores agendarem reuniões com compradores nacionais e internacionais e mostrarem os seus produtos a outros mercados por uma via não presencial e que se adequa perfeitamente à conjuntura actual. Novos modelos mas que pretendem continuar a alavancar e potenciar os sectores de negócio de todos os parceiros e expositores.
As actividades agendadas para esta edição, contam-se a conferência “SIL PRO powered by APPII”, no primeiro dia do salão, e no segundo teremos a conferencia dedicada ao Turismo Residencial organizada em parceria com a APR, e ainda o SIL VILLAGE, um espaço premium, reservado para network, onde os negócios podem ser realizados, em ambiente informal, que funciona durante a hora de almoço para empresas parceiras, grupos imobiliários, banca, seguradoras, consultoras e organizadores de eventos.
Vai acontecer ainda um programa de ‘web-buyers’ que permitirá identificar e cativar para a feira novos compradores e parceiros internacionais que permitirão desenvolver e alavancar novas oportunidades de negócio com as empresas portuguesas que estão presentes no SIL e ainda os Prémios do Imobiliário, onde se distingue o que de melhor se faz em Portugal.
O que o sector pode esperar com a edição deste ano?
Os expositores e investidores vão ter mais uma vez a oportunidade de potenciar negócios, de apresentarem os seus produtos e acima de tudo, mostrarem que o mercado imobiliário continua dinâmico. Mesmo com todas as condicionantes actuais, e perante uma crise que foge aos contornos das últimas crises económicas e financeiras, o sector tem sido um dos que tem conseguido ultrapassar as dificuldades. Até na incerteza do futuro, tem sido apontado como um dos mais fortes na superação da crise, ou não fossem os activos imobiliários considerados os investimentos mais seguros e rentáveis dos investimentos. O SIL tem sido o espelho do sector e acredito que este ano, os players do mercado desejem novamente mostrar a sua força e a importância que têm no PIB nacional.
Como vê a realização em simultâneo com a Tektónica?
O Imobiliário e a Construção afirmam-se como sectores fulcrais para a economia, mantendo as suas actividades e enfrentando as adversidades. Assim, acreditamos que ao realizarmos em simultâneo o SIL e a Tektónica, estamos a juntar sectores com elevado potencial de complementaridade e que apresentam várias sinergiase iremos dar a conhecer ao mercado, num único espaço, a oferta destes dois sectores, proporcionando bons negócios aos profissionais e ao consumidor final.