Franceses já investiram 2 mil milhões € em imobiliário português
Cerca de 200 empresas portuguesas vão estar em 'peso' a partir de amanhã até ao próximo Domingo na Porta de Versalhes, na cidade de Paris, para conquistar novos investidores franceses.
Pelo 5º ano consecutivo que decorre o Salão do Imobiliário e do Turismo Português, organizado pela Fundação AIP e a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa, já foram alcançados negócios na ordem dos 2 mil milhões de euros em imobiliário português.
Ricardo Simões, Director Executivo da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa e Sandra Bértolo Fragoso, Directora de Feiras da Fundação AIP, em entrevista ao Diário Imobiliário, revelam porque Portugal é tão atractivo para os investidores franceses.
Os franceses são aqueles que mais têm investido em imobiliário português, considera que esta presença dos agentes portugueses nestas feiras têm sido preponderantes para isso?
O facto de França ser o único mercado onde existe desde há 5 anos um salão integralmente dedicado à promoção do imobiliário português corrobora e justifica a constatação inicial. A presença concertada e representativa dos agentes do sector é que tem permitido alavancar a promoção do imobiliário e do país neste mercado.
Quem mais investe em Portugal, os franceses ou os luso descendentes? e que tipo de produto procuram mais?
Os portugueses e luso-descendentes, residentes em França, não pararam de investir em Portugal. A ligação às origens é forte e o investimento imobiliário que realizam é de cariz emocional. O produto tipo é a moradia no norte. A novidade é que começaram fruto do interesse provocado juntos dos franceses, a considerar e adquirir também produto para rentabilizar. Os franceses procuram essencialmente o apartamento em Lisboa e a moradia no Algarve, alguns até descobrirem outras regiões portuguesas ...
Além dos já referidos benefícios dos RNH ou ARI, que outras vantagens vêem os franceses em produtos portugueses?
Em suma, preço, poder de compra quotidiano, regime de residentes não habituais, clima, proximidade cultural, proximidade geográfica, e o grande factor deste ano, ... segurança.
O boom turístico tem sido também um dos motivos desta intensa procura?
Quando visita um país que lhe agrada pensa imediatamente em adquirir casa nesse país? Ou em investir em imobiliário? Não cremos. O boom turístico levou a que as pessoas descobrissem o que é o país e o que ele oferece em termos de quotidiano. A promoção imobiliária que tem sido realizada, essa é que é a verdadeira responsável por essa intensa procura, e, na sua modesta parte, também para o fluxo turístico.
Qual o investimento total que já foi efectuado pelos investidores franceses desde a presença portuguesa neste salão?
Estimamos em valores acima dos 2000 milhões de euros.
Quais as expectativas para o salão no próximo fim-de-semana?
Esperamos cerca de 20.000 visitantes que para além do contacto com os expositores poderão assistir a mais de 20 conferências sobre reforma em portugal, regime de residentes não habituais, turismo residencial, descobertas das regiões portuguesas, oportunidades de investimento, desenvolver actividade empresarial em Portugal, etc... Teremos a habitual village Gastronomia, que este ano engloba um espaço de restauração dedicado à Francesinha. Outra grande novidade deste ano para os visitantes prende-se com um espaço de promoção de start-ups portuguesas, um Portugal Lab” nos sectores do Turismo, Imobiliário, Saúde e assistência aos particulares e gastronomia.
Quantas empresas portuguesas vão estar presentes?
Cerca de 200 empresas.