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Ilustração Freepik

Em 20 anos aumentou o número de casais sem filhos e o número de famílias monoparentais

14 de maio de 2024

Amanhã, dia 15 de Maio, comemora-se o Dia Internacional da Família. A data foi escolhida pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e é festejada anualmente desde 1994. Esta celebração destaca a importância da família na estrutura do núcleo familiar e na base da educação infantil, mas... em muitas das sociedades mais desenvolvidas, como é o caso da portuguesa, não só o conceito de família tem vindo a mudar como a sua constituição se está a alterar inexoravelmente.

Comparando e trabalhando os dados extraídos dos dois censos de 2001 e 2021, o Grupo Marktest revela-nos alterações significativas na nossa sociedade, com reflexos múltiplos nos mais variados sectores e, em particular, mercado da habitação. Os dados podem ser consultados no sistema de geomarketing Sales Index e na sua aplicação web Municípios Online

Em 2021, o Recenseamento da População realizado pelo INE mostrava um aumento de quase meio milhão no número de agregados domésticos em Portugal, designação que genericamente corresponde ao conceito corrente de família.

Nesse ano, segundo a Marktest, o número de 4,2 milhões de agregados domésticos existentes em Portugal correspondia a um aumento de 14% face a 2001, quando, segundo o censo desse ano, foram contabilizados 3,7 milhões de agregados.


Ilustração Freepik


O número de famílias sem núcleo (genericamente constituídas apenas por uma pessoa ou por pessoas sem laços familiares) tinha  crescido significativamente neste período de duas décadas, “passando de 700 mil em 2001 para 1,1 milhões em 2021, o que representa um aumento de 64%”.

Em termos relativos, esta subida foi ainda maior no número de famílias monoparentais (mãe ou pai com filhos), que passou de 301 mil em 2001 para 506 mil em 2021, um aumento de 68%. Embora o aumento relativo tenha sido mais significativo entre as famílias constituídas por um pai com filhos (que cresceu 81%), o número de famílias monoparentais constituídas poe mão com filhos era incomparavelmente maior, representando 85% do total.

Nesses primeiros 20 anos do nosso século, “o número de casais baixou 5,5% no período em análise, tendo esta diminuição sido causada pela evolução do número de casais com filhos, que passou de 1,6 milhões em 2001 para 1,3 milhões em 2021, baixando assim 19% em 20 anos. Já o número de casais sem filhos, nesse período, aumentou 20%, passando de 860 mil em 2001 para um milhão em 2021.

O panorama em 2021 resultante dos dados extraídos do censo realizado nesse ano, revelava que «do total de agregados domésticos que viviam em Portugal em 2021, 32% eram casais com filhos, 28% agregados sem núcleo, 25% casais sem filhos, 12% famílias monoparentais e 3% famílias com 2 ou mais núcleos».

Uma realidade bem diferente da existente ao anos atrás, «quando 45% das famílias eram constituídas por casais com filhos, 24% por casais sem filhos, 19% por agregados sem núcleo, 8% famílias monoparentais e 4% famílias com 2 ou mais núcleos».