Edifício dos Paços do Concelho de Borba é monumento de interesse público
O edifício dos Paços do Concelho de Borba, no distrito de Évora, foi classificado como monumento de interesse público (MIP), segundo uma portaria do Governo publicada hoje em Diário da República (DR).
A portaria foi assinada pela secretária de Estado da Cultura, Isabel Alexandra Rodrigues Cordeiro, no dia 04 deste mês.
“Implantado isoladamente num dos extremos da Praça da República” em Borba, o Edifício dos Paços do Concelho, de finais do século XVIII, foi construído no âmbito mais vasto de reordenamento urbano da urbe.
Segundo a publicação do Governo no DR, este plano “visava urbanizar a zona oriental da vila, fora das muralhas, estando na origem do reordenamento urbano do grande largo que alberga a imponente Fonte das Bicas”.
O projecto do edifício coube ao engenheiro militar Álvares de Barros e a construção durou entre 1789 e 1803.
No seu interior destacam-se a escadaria nobre, efectuada em mármores brancos e negros da região, e os tectos pintados da Sala da Audiência, actual Salão Nobre, e da Sala da Câmara, actual Gabinete da Presidência. Ambos os tectos são da autoria do pintor José de Sousa de Carvalho e foram efetuados em 1795, ano da sua morte – segundo se pode ler no site do município alentejano.
Que acrescenta: “O actual edifício tem uma construção em U, típica dos palácios do século XVII e XVIII. No século XX o imóvel foi valorizado com a aplicação de azulejos da Fábrica Viúva Lamego, representando várias cenas alusivas à Batalha de Montes Claros”.
Ao longo dos anos, funcionaram no imóvel diversos serviços municipais, incluindo a cadeia, um quartel, a escola primária e um açougue, “sem que dessa ocupação tenha resultado a perda dos seus elementos patrimoniais mais significativos”, frisa o despacho do Governo.
A classificação do Edifício dos Paços do Concelho de Borba reflecte os critérios constantes do artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 08 de Setembro, relativos ao carácter matricial do bem, ao seu interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos ou também ao seu valor estético, técnico ou material intrínseco.
Lusa/DI