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Edifício “Iscte – Conhecimento e Inovação” ganha Prémio Valmor

© 2023, Daniel Malhão. ISCTE

Edifício “Iscte – Conhecimento e Inovação” ganha Prémio Valmor

3 de junho de 2025

O edifício “Iscte – Conhecimento e Inovação” na Avenida das Forças Armadas, em Lisboa – um projecto de arquitetura desenvolvido por uma equipa coordenada por Bernardo Pizarro Miranda, arquitecto e professor do Iscte – é o vencedor do Prémio Valmor 2023. A Câmara Municipal de Lisboa entrega o prémio esta terça-feira, 3 de junho, pelas 18h00 no auditório do MUDE – Museu do Design.

O novo centro de I&D do Iscte, inaugurado em 2023, concentra mais de mil investigadores e projectos de doutoramento. Inspirado nos princípios de sustentabilidade da New European Bauhaus, o projecto adoptou a implantação da construção anterior, viabilizando a criação de um jardim de uso público aberto à cidade. “A opção por um desenho ritmado, associado ao ensombramento de vãos e ao recurso ao tijolo aparente, procurou o tempo da história, das formas e dos materiais: um presente com história”, afirma o arquiteto vencedor.




O Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura premeia a qualidade arquitectónica dos novos edifícios construídos na cidade de Lisboa, sendo atribuído desde 1902: este prémio “distingue, em igualdade, o autor do projecto e o promotor da obra”. O projecto distinguido nesta edição foi concebido e coordenado por Bernardo Pizarro Miranda, em coautoria com Susana Rego e Pedro Pinto, tendo contado na altura com a colaboração de jovens arquitectos formados no Iscte: Filipe Prudêncio, Francisco Freitas, Ruben Ferreira, Ana Catarina Santos, Madalena Dias, Carlos Vieira, Ana Lopes, Carolina See, Carlos Félix e João Antunes. Foi assim criada uma oportunidade de estágio para alunos finalistas do curso de Arquitectura do Iscte.

A construção cumpriu todos os requisitos de sustentabilidade, estética e inovação da New European Bauhaus, sendo um dos edifícios europeus listados pelo programa “European Bauhaus Transformation of Places of Learning” (ver Open Call e a Descrição do Projeto do Iscte em anexo). O projecto centrou-se na reconstrução do antigo edifício do IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, que o Iscte adquiriu ao Estado em 2011 por 9,2 milhões de euros.

O arquitecto Bernardo Miranda



“São três os princípios nucleares do projecto”, afirma Bernardo Pizarro Miranda. “O primeiro parte da decisão da reitora, Maria de Lurdes Rodrigues, de reunir no primeiro edifício do complexo Iscte com fachada virada para a rua todas as actividades de investigação, incluindo os doutoramentos”. O segundo diz respeito ao “aproveitamento da implantação original, recuada relativamente à Avenida das Forças Armadas, viabilizando a criação de um jardim de uso público, aberto e integrado no tecido dinâmico da vida na cidade”. O terceiro, afirma o arquitecto, “implicou o aproveitamento e a reutilização de parte da estrutura dos edifícios existentes, reduzindo de forma expressiva a pegada carbónica da nova construção”.


“Universidade sem muros”

O centro “Iscte – Conhecimento e Inovação” é desde Novembro de 2023 o edifício em que esta universidade instala todas as suas unidades de investigação e produção de conhecimento, envolvendo mais de mil investigadores.

“Os projectos de investigação científica que estão a ser desenvolvidos há dois anos mostram o potencial de interface que o ‘Iscte – Conhecimento e Inovação’ possui para cruzar as áreas das engenharias, tecnologias e arquitectura com as ciências sociais e comportamentais, a economia e a gestão”, afirma Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do Iscte. “Este centro é a concretização em Lisboa dos conceitos académicos, arquitectónicos e urbanísticos da ‘Universidade sem muros’, os quais promovem a interacção da academia com o tecido social e económico envolvente”.

Segundo a reitora, “com este edifício o Iscte abriu-se à cidade e criou-lhe um novo espaço de circulação que cruza duas universidades – o Iscte e a de Lisboa”. O valor total do investimento foram 19,5 milhões de euros, cofinanciados em 7,7 milhões de euros pelo Programa Operacional Regional de Lisboa 2014-2020.

Esta não é a primeira vez que o Iscte é distinguido pelo Prémio Valmor. Em 1993 já recebeu uma menção honrosa, atribuída ao edifício do INDEG – Instituto para o Desenvolvimento e Gestão Empresarial, da autoria do arquitecto Raul Hestnes Ferreira. Foi este mesmo arquitecto que, em 2002, ganhou pela primeira vez um Prémio Valmor para o Iscte: o Edifício II desta universidade vence “ex aequo” nesse ano com o edifício da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, em Campolide.

Bernardo Pizarro Miranda foi discípulo de Raul Hestnes Ferreira e trabalhava no seu atelier quando este ganhou o Prémio Valmor em 2002.

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