Economia portuguesa deverá crescer 1,3% este ano e 1,8% em 2025
A economia portuguesa deverá crescer 1,3% neste ano, de acordo com as projecções da Allianz Trade*, accionista da COSEC- Companhia de Seguro de Créditos.
Os especialistas da Allianz Trade reviram, assim, em baixa as projeções para a economia portuguesa para 2024, prevendo agora que o produto interno bruto (PIB) de Portugal avance 1,3% em 2024 e 1,8% em 2025. No final do ano passado, a accionista da COSEC antecipava que a economia portuguesa expandisse 1,3% em 2024 e 2,3% em 2025.
Também as projeções a nível global da Allianz Trade mostram moderação, com o mais recente relatório: "Global Economic Outlook 2024-25 Soft landing: It´s a wrap?". A líder mundial em seguros de crédito revela um olhar cauteloso para o crescimento do PIB, prevendo-se uma taxa inferior a 3%. A análise mostra que se prevê, para as economias mais desenvolvidas, um cenário de crescimento estável em torno dos 1,6%, enquanto os mercados emergentes enfrentam uma desaceleração, com um crescimento previsto de aproximadamente 4%, com quedas de 0,3 pontos percentuais.
Este relatório prevê ainda um crescimento de 1,7% para os Estados Unidos em 2025, após um crescimento de 2,4% em 2024, enquanto a Zona Euro deverá acelerar o crescimento para 1,5% em 2025, após atingir 0,7% em 2024.
Os economistas da Allianz estão cautelosos e destacam a ideia de que os bancos centrais deverão adoptar uma postura de flexibilização monetária na segunda metade de 2024. Adicionalmente, os analistas acreditam que deverá existir um cenário económico divergente, marcado por uma inflação mais reduzida e que os mercados financeiros vão continuar a ser influenciados por uma variedade de fatores geopolíticos e também de avanços na Inteligência Artificial.
Quanto à inflação, as previsões da líder mundial em seguros de crédito sugerem um valor de 2,3% para este ano e 1,9% para 2025. Estes números ficam próximos da média da Zona Euro, que deverá registar uma inflação de 5,6% neste ano e de 2,6% em 2024, encaminhando-se para o objectivo do Banco Central Europeu, que é uma inflação próxima dos 2%.
Tempo de desafios para as empresas
Os especialistas, nesta actualização das previsões económicas, destacam os desafios significativos para as empresas, com a possibilidade de existirem cortes de custos em alguns serviços. A recuperação do comércio mundial poderá ser limitada pelo excesso de stock, enquanto as empresas enfrentam pressões de insolvência, especialmente nos Estados Unidos, Espanha e Holanda. A análise prevê um aumento de 9% nas insolvências das empresas em 2024, com a maior parte desse aumento a ocorrer nesses três países.
Por fim, o estudo destaca a importância da atenção aos movimentos dos bancos centrais, que podem ter implicações significativas nos mercados financeiros globais, e incentiva uma abordagem cautelosa e estratégica por parte dos investidores.