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António Costa: Comunicação ao País - 07-11-2023

E depois de António Costa?

8 de novembro de 2023

Demissão do Primeiro-Ministro agrava instabilidade - afirma Francisco Horta e Costa, director da CBRE Portugal


Francisco Horta e Costa Director da CBRE Portugal


No decurso da demissão de António Costa surgem diversos cenários, sendo que o mais previsível será a convocatória de eleições antecipadas pelo Presidente da República. É difícil antecipar que tipo de resultados sairão desta eleição mas o certo é que existirão então dois momentos eleitorais em Portugal em 2024: Eleições legislativas e europeias. O país vê-se agora, pelos piores motivos, mergulhado numa crise política e isto faz com que entremos no novo ano, já por si desafiante pelo contexto internacional, com um elevado grau de instabilidade também a nível nacional.

Numa primeira análise, parece-me que uma situação de instabilidade nunca é benéfica. Porém, este governo de maioria absoluta não ficou associado ao desenvolvimento de condições favoráveis ao bom funcionamento do mercado imobiliário. O pacote ‘Mais Habitação’ e o recente anuncio da extinção do programa para Residentes Não Habituais – que fica, para já, sem efeito - significaram instabilidade fiscal e legislativa e deixaram planos de investimento imobiliário no nosso país em stand by ou mesmo cancelados. Aliando esta instabilidade à morosidade e complexidade dos processos de licenciamento e à fiscalidade pouco amiga do sector, podemos dizer que de facto este governo não imprimiu notas positivas nem cativou a simpatia dos investidores.

Resta-nos esperar pelo próximo ano na expectativa de que rapidamente alcancemos um cenário de estabilidade política e que o novo governo que se venha a formar, independentemente da sua cor, olhe de forma atenta para o sector imobiliário, compreendendo a sua importância para o país bem como o papel fundamental que os investidores podem desempenhar no sentido de equilibrar a oferta e a procura, contribuindo assim de forma significativa para a melhoria da situação da habitação em Portugal.

“Portugal não pode parar” - alerta Hugo Santos Ferreira (APPII)


Hugo Santos Ferreira, Presidente da APPII


Para o presidente executivo da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários, “Trata-se de um acontecimento muito recente, vamos aguardar pela decisão do Presidente da República, sendo que consideramos que Portugal não pode parar”.

Hugo Santos Ferreira - Presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII)