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Da Tailândia ao México, os cinco finalistas do Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp

Imagem Matilde Viegas

Da Tailândia ao México, os cinco finalistas do Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp

9 de maio de 2025

A Trienal de Arquitectura de Lisboa revelou hoje os finalistas do Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp: cinco ateliers emergentes cuja prática chamou a atenção do júri. São eles o Bangkok Tokyo Architecture, da Tailândia; Palma, do México; ReSa Architects, da Índia; Robida Collective, da Itália; e TEN, da Suíça.

As equipas finalistas, oriundas de três continentes, apresentarão o seu trabalho durante um evento público nos dias de abertura da Trienal 2025 (02 a 04 de Outubro) – onde será anunciado o atelier vencedor.

A edição de 2025 recebeu 75 candidaturas elegíveis.

Os anteriores vencedores foram o colectivo brasileiro Vão (2022), o atelier espanhol Bonell+Dòriga (2019), Umwelt do Chile (2016) e o arquitecto Jimenez Lai do Bureau Spectacular (2013).


Troféu do Prémio, da autoria de Álvaro Siza Vieira. Imagem Matilde Viegas


Testemunho do Júri

«Enquanto júri - refere a nota distribuída à imprensa -, temos o dever de reconhecer que nos encontramos num momento histórico — testemunhamos um genocídio em Gaza e guerras no Congo, na Ucrânia e em tantos outros lugares do mundo, enquanto, para muitas pessoas, a vida prossegue como habitualmente. Perante esta contradição, importa perguntar: que posição tomamos? Como irá a história julgar as nossas escolhas?». E prossegue a nota:

«Nós, membros do júri, escolhemos reconhecer práticas arquitectónicas que criam espaços para a vida: abordagens que promovem dignidade, comunidade e formas enraizadas de coexistência. É essencial resistir à imposição de um único padrão e, em vez disso, apoiar a diversidade de respostas arquitectónicas, ajustadas a diferentes realidades. As candidaturas apresentadas revelam que muitas pessoas que iniciam o seu percurso na arquitectura estão a afastar-se dos modelos tradicionais, optando por práticas colectivas e descentralizadas que, de forma encorajadora, respondem aos desafios do presente. Reconhecemos, ainda, um compromisso com o fortalecimento de estruturas de resistência já existentes, ao invés de uma obsessão pelo "novo". Trabalhar em contextos políticos, sociais, económicos e ambientais adversos requer formas de reconhecimento distintas.

O papel da arquitectura na criação de espaços para a vida nunca foi tão urgente. Num tempo em que o poder se concentra em poucas mãos, escolhemos destacar quem, através da sua prática, insiste em re-existir, reimaginar e resistir.» - termina a nota.

O júri dos Prémios Début e Carreira é formado pelos arquitectos Inês Lobo, Lígia Nobre, Samia Henni, Sandi Hilal e Yuma Shinohara.

Os três Prémios Trienal de Lisboa Millennium bcp – Début, Carreira e Universidades – visam promover uma arquitectura mundial inovadora, reconhecendo quem a faz. Desde a investigação transdisciplinar desenvolvida em ambiente académico, aos talentos emergentes e às práticas estabelecidas.