Comércio unificado - experiência física e digital - é o futuro do sector do retalho
As empresas dependem do comércio unificado para alcançarem o seu sucesso, as mesmas devem agora adaptar-se às novas exigências dos consumidores, avança a Adyen, plataforma de tecnologia financeira que identifica as principais tendências que marcarão o futuro do sector em 2023.
De um processo avançado de digitalização motivado pelo interesse em implementar um modelo híbrido, onde a experiência física e digital funcionam em simultâneo, passamos à insegurança e altos e baixos económicos de uma sociedade que se encontra em constante transformação. Com a lição aprendida de que o modelo de negócio nunca mais será o mesmo, e que as empresas dependem do comércio unificado para alcançarem o seu sucesso, as mesmas devem agora adaptar-se às novas exigências dos consumidores. Posto isto, o que podemos esperar do sector do retalho nos próximos 12 meses? Juan José Llorente, Country Manager de Adyen para Espanha e Portugal, apresenta três tendências chave.
Comércio unificado ainda é a palavra-chave
Apesar de o comércio unificado já ser uma realidade para muitos negócios - em Portugal, etes em cada 10 retalhistas já oferecem uma experiência online e física unificada [1] -, nunca é demais salientar a sua importância. Graças às tecnologias que permitem implementar o comércio unificado, é possível conhecer o cliente por trás de cada pagamento ao ligar as transações aos indivíduos, obtendo assim uma compreensão mais profunda do seu comportamento. De igual forma, é possível acompanhar todos os canais e regiões de forma a tomar decisões comerciais informadas.
Graças a esta aceleração na adopção da tecnologia, 49% das empresas em todo o mundo indicam que hoje estão numa melhor posição devido a estes investimentos que permitiram melhorar as suas operações. Por isso, a integração de toda a gestão do negócio numa única plataforma tecnológica é fundamental para se poder usufruir de todas as vantagens derivadas da omnicanalidade para que a gestão dos dados seja ainda mais fácil. E, os consumidores agradecem, já que 66% quer comprar cada vez mais através dos canais digitais [2].
A consolidação do telemóvel como o dispositivo de compra favorito
Oferecer ao consumidor o seu método de pagamento preferido é fundamental para que o processo de compra decorra sem atritos, como consideram 72% dos portugueses. Se entrarmos em detalhe, verificou-se que quase itoo em cada 10 nomeou o telemóvel como o seu meio de pagamento preferido. Se tivermos em conta os utilizadores da Geração Z, é evidente que a próxima geração apostará cada vez mais nas compras através deste dispositivo, sendo que 33% já nem utiliza cartões físicos e confia mais nas plataformas móveis como a MBWay, Apple Pay ou Google Pay para pagar.[3]
Por esta razão, é fundamental disponibilizar um comércio unificado, onde a experiência seja ágil, directa e optimizada. Um processo abrangente de pagamentos, de dados e de gestão financeira numa única solução oferecida, por exemplo pela Adyen, que permita às empresas crescerem em todos os seus canais e em qualquer mercado, oferecendo aos seus clientes uma ampla variedade de métodos de pagamento.
Phygital, a tendência que veio para ficar
2022 deixou claro que o phygital veio para ficar. Esta tendência pode ser definida como uma compra híbrida em que o cliente fica livre para decidir em que ambiente se realizará cada passo da operação, com a possibilidade de ir até à loja e ver o produto pessoalmente, ou comprá-lo online enquanto está no seu local de trabalho e, posteriormente, recebê-lo em sua casa numa determinada data, além de obter ainda a possibilidade de fazer alterações e devoluções numa loja física, se necessário.
Em Portugal, o phygital ganhou especial destaque, já que seis em cada 10 consumidores admite ser mais fiel a uma marca que lhe permita comprar online e devolver em loja - um número que também subiu face a 2021. Um estabelecimento phygital preocupa-se em oferecer novos métodos de pagamento, soluções de realidade virtual aumentada, bem como de inteligência artificial, tudo para se ligar aos consumidores de forma mais personalizada, algo que preocupa mais de 80% das empresas portuguesas, e sendo valorizado por 35% dos portugueses. O objetivo é proporcionar uma experiência de compra mais completa e satisfatória. Um conceito que se desenvolverá ao longo do tempo devido à sua importância para o consumidor e as suas novas exigências [4].
Para concluir, face às previsões para este ano, Juan José Llorente acrescenta que: “a importância da experiência de compra é crescente e deverá ser uma prioridade para todos os negócios. Para tal, é preciso garantir a diversidade dos meios de pagamento, andar de mãos dadas com a tecnologia e conhecer o cliente. A atualidade rege-se pela incerteza mas, com um bom aliado, as empresas poderão preparar-se para enfrentar qualquer contratempo que possa surgir ao longo de 2023 e, na Adyen, oferecemos uma tecnologia única com uma elevada capacidade de reação às constantes mudanças dos consumidores”.
[1], [2], [3] e [4] Dados retirados do Retail Report de Adyen 2022