China: Preços das casas novas caem pelo 19.º mês consecutivo
Os preços das casas novas caíram na China pelo 19.º mês consecutivo em Dezembro, embora a um ritmo menos acentuado do que no mês anterior, face às medidas para apoiar o sector, atolado numa prolongada crise.
Os preços nas principais 70 cidades caíram 0,08%, em comparação com o mês anterior, de acordo com os dados divulgados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE), depois de uma contracção de 0,2% em Novembro.
Entre aquelas cidades, 43 registaram reduções nos preços das casas, em comparação com 49 em Novembro, e 23 - entre as quais, algumas importantes como Xangai, Shenzhen, Chengdu, Tianjin ou Hangzhou - registaram subidas, outro salto em relação ao mês anterior (17).
Os cálculos efectuados com base nos dados do GNE também reflectem uma redução de 0,31% no preço das casas em segunda mão em Dezembro, depois de terem caído 0,35% no mês anterior.
No caso deste tipo de imóveis, 60 das 70 cidades registaram descidas, uma manteve-se ao mesmo nível de Novembro e nove registaram subidas.
Promoção imobiliária cai
O GNE anunciou também hoje que o investimento em promoção imobiliária caiu 10,6% em 2024 face à crise prolongada do sector, já depois de ter caído 9,6%, em 2023.
Depois de terem caído 24,3% em 2022 e 8,5% em 2023, as vendas de imóveis comerciais medidas pela área útil caíram mais 12,9% em termos homólogos durante o ano que acaba de terminar.
Nos últimos meses, as autoridades chinesas anunciaram várias medidas para travar a queda do mercado imobiliário, uma questão que preocupa Pequim devido às suas implicações para a estabilidade social, uma vez que a habitação é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas.
Uma das principais causas do recente abrandamento da economia chinesa é precisamente a crise do sector imobiliário, cujo peso no PIB nacional - somando factores indirectos - é estimado em cerca de 30%, segundo alguns analistas.
Lusa/DI