Logo Diário Imobiliário
CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
JPS Group 2024Porta da Frente
Habitação
Câmara de Lisboa aprova concurso para selecionar cooperativa que vai construir 18 casas no Lumiar

 

Câmara de Lisboa aprova concurso para selecionar cooperativa que vai construir 18 casas no Lumiar

19 de julho de 2024

A Câmara de Lisboa aprovou hoje o lançamento do primeiro concurso do Programa Cooperativas 1.ª Habitação para a construção 18 habitações no Lumiar, proposta da coligação PSD/CDS-PP que foi viabilizada com a abstenção da oposição.

Depois de adiada a votação em 10 de Julho, a proposta da liderança PSD/CDS-PP, que governa sem maioria absoluta, foi consensualizada com a oposição, em particular com o PS, no sentido de clarificar algumas questões, inclusive os termos da cedência do direito de superfície, por 90 anos, de terreno municipal.

Em reunião privada, o executivo camarário apreciou hoje a proposta clarificada de PSD/CDS-PP, a submeter à assembleia municipal, tendo sido aprovada com a abstenção de todos os vereadores da oposição, nomeadamente PS, Livre, Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), PCP e BE, disse fonte do município.

O primeiro concurso do Programa Cooperativas 1.ª Habitação destina-se à cedência do direito de superfície, por 90 anos, do terreno municipal na Rua António do Couto, no Lumiar, à cooperativa que for seleccionada para construir "um edifício de 18 habitações próprias sem fins lucrativos e um espaço destinado a um projecto social", segundo a proposta de PSD/CDS-PP.

Com o projecto de arquitectura já aprovado, esta operação prevê um investimento total da cooperativa de 3,83 milhões de euros e um encargo médio por habitação de 213 mil euros (valores com IVA), para a construção de 18 habitações - cinco T1 (146 mil euros cada), nove T2 (216 mil euros cada) e quatro T3 (289 mil euros cada) -, com 22 lugares de estacionamento.

Fonte da liderança da maioria PSD/CDS-PP indicou que a versão final da proposta inclui um anexo adicional com a estimativa da avaliação do direito de superfície, bem como do espaço para o projecto social, que funciona como contrapartida onerosa por parte da cooperativa.



Outras das clarificações são a indicação de que o Programa Cooperativas 1.ª Habitação está enquadrado no Regulamento do Património Imobiliário do Município de Lisboa (RPIML), pelo que não será necessário um novo regulamento, o esclarecimento sobre os termos da cedência do direito de superfície e o reforço das garantias do município relativamente à situação dos cooperadores ao longo do tempo de cedência, com relatórios de execução da obra, cláusulas de reversão do contrato e recursos financeiros do superficiário, adiantou a mesma fonte.

A vereação do PS destacou à Lusa alterações sobre os limites de rendimentos dos candidatos da cooperativa, que desceram, e o reforço da fiscalização dos procedimentos e cumprimento por parte dos candidatos, defendendo que este programa, que conta com terrenos municipais, se destina a classes sociais que não conseguem comprar casa em Lisboa.

Segundo informação disponibilizada pela liderança PSD/CDS-PP, na escolha dos candidatos, são priorizadas as cooperativas de arrendamento e os agregados que se candidatam a primeira habitação, sendo “requisito obrigatório não possuir propriedade na Área Metropolitana de Lisboa no momento de ocupar a habitação cooperativa” e, para ser seleccionada, a cooperativa para a Rua António do Couto deverá ter um número de cooperadores não inferior a 18 membros, correspondente ao número de habitações a construir, e que se enquadrem nos níveis de rendimento equivalentes aos do Programa Renda Acessível.

Lusa/DI