Brasil inspira a portuguesa Cimenteira do Louro na criação do Cobogó Urban
A Cimenteira do Louro (ACL) acaba de lançar no mercado português e internacional o Cobogó Urban. Trata-se de um novo produto decorativo para o setor da construção cuja principal característica é a capacidade de dividir ambientes sem comprometer a ventilação e a iluminação naturais.
Mais do que um recurso arquitectónico para dividir ambientes, o Cobogó Urban é um elemento modular em betão – com uma dimensão de 306 mm X 306 mm X 80mm e um peso de cerca de 7 quilogramas – que combina design, funcionalidade e novas formas de olhar para um espaço e para a sua decoração.
Além disso, o Cobogó Urban criado pela ACL apresenta "um forte apelo estético", segundo Dinis da Silva, CEO da empresa de Vila Nova de Famalicão, dado poder ser desenvolvido em padrões diversos, acrescentando personalidade a um ambiente. Além de ser adaptável a diferentes estilos arquitectónicos e decorativos.
Os cobogós também representam uma opção ecologicamente correcta para o sector da construção, uma vez que ao possibilitarem a ventilação e a iluminação naturais, reduzem o consumo de energia em ar condicionado e iluminação artificial. Além disso, "o betão é um material durável e resistente, que pode ser reciclado e reutilizado em outras aplicações", lembra Dinis da Silva.
A história do cobogó remonta à primeira metade do século XX, tendo sido desenvolvido no nordeste do Brasil, na década de 1920, com tal sucesso que passou a ser utilizado como elemento construtivo no resto do país a partir de 1950, sobretudo em projectos de arquitectos modernistas.
A designação "cobogó" resulta da junção da primeira sílaba dos apelidos dos três engenheiros que inventaram o elemento decorativo: o português Amadeu Oliveira Coimbra, o alemão Ernest Boeckmann e o brasileiro António de Góis.
Os cobogós podem ser produzidos em diversos materiais, sendo os mais comuns de betão (material em que foram criados inicialmente), vidro e cerâmica. A paleta de cores é cada vez mais diversificada e as opções de acabamentos são para todos os gostos.
"Nos estudos de mercado que fizemos, verificamos que os cobogós cumprem uma função que agrada muito aos arquitectos e decoradores: são uma boa forma de criar uma divisória que proporciona circulação de ar e entrada de luz em simultâneo", explica o CEO da empresa A Cimenteira do Louro.
Promovendo a separação e a integração dos espaços, os cobogós constituem um recurso arquitectónico muito simples para solucionar a entrada de luz, nomeadamente em compartimentos sem janelas. Numa moradia ou apartamento, os cobogós permitem dividir cozinha, sala de jantar e sala de estar sem que os três ambientes deixem de estar integrados num espaço amplo. O mesmo pode acontecer em ambientes de trabalho, como escritórios, restaurantes e outros, ou em espaços exteriores.
"Com os cobogós, conseguimos dividir ambientes sem causar uma rotura tão grande na forma como vemos o espaço", elucida Dinis da Silva, mostrando-se "muito confiante" numa "receptividade muito positiva" por parte do mercado da construção.