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BCE mantem taxas de juro de referência

7 de março de 2024

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que deixou as taxas de juro inalteradas, o que acontece pela quarta vez consecutiva desde Outubro de 2023.

“O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) decidiu hoje manter as três taxas de juro directoras do BCE inalteradas”, informou a instituição, após a reunião.

A taxa de depósitos permanece em 4%, o nível mais alto registado desde o lançamento da moeda única em 1999, enquanto a principal taxa de juro de refinanciamento fica em 4,5% e a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez permanece em 4,75%.

O Banco Central Europeu (BCE) reviu hoje em baixa a projeção de crescimento da zona euro para 0,6% este ano e cortou a da taxa de inflação para 2,3%.

BCE corta crescimento da zona euro para 0,6% e da inflação para 2,3%


Imagem de Hans por Pixabay


Do comunicado final da reunião do BCE infere-se que «Os técnicos do banco central estão mais pessimistas sobre o crescimento dos países da moeda única face a Dezembro, mas mais optimistas relativamente à trajectória da inflação».

As projecções da inflação apontam para um crescimento da zona euro de 0,6% em 2024, de 1,5% em 2025 e 1,6% em 2026, esperando assim que a actividade económica continue fraca no curto prazo, mas recupere posteriormente, apoiada, no início, pelo consumo e, mais tarde, pelo investimento.

Em Dezembro, o BCE projectava que a economia da zona euro crescesse, em média, 0,8% em 2024 e 1,5% em 2025 e 2026.

O BCE reviu hoje também em baixa a taxa de inflação, esperando que seja, em média, de 2,3% em 2024, 2% em 2025 e 1,9% em 2026.

"Embora a maioria das medidas da inflação subjacente tenham registado novo abrandamento, as pressões internas sobre os preços permanecem elevadas, devido, em parte, ao forte crescimento dos salários", refere a instituição no comunicado divulgado após o fim da reunião do Conselho e em que justica a razão da manutenção das taxas de juro de referência.

O BCE salienta que "as condições de financiamento são restritivas e os anteriores aumentos das taxas de juro continuam a pesar sobre a procura, o que está a ajudar a reduzir a inflação".

Lusa/DI