Arrendar uma casa está 514 euros mais caro do que em Agosto de 2022
Valor médio dos imóveis para arrendar, regista um aumento na renda média de 43%, estando 514 euros mais caro, quando comparado com o mesmo período do ano passado, indica hoje o Imovirtual.
De acorddo com o portal imobiliário, desde o início do ano, que se tem verificado uma ligeira estabilização dos valores médios, no entanto, em Agosto houve um ligeiro aumento (+5%), fixando-se agora em 1 723 euros.
De forma geral, actualmente, está a existir um abrandamento do preço das casas, mas continua a ser cerca de 32 833 euros mais caro comprar casa, do que em Agosto do ano passado. No que ao preço médio de venda diz respeito, verifica-se uma estabilização em Agosto, em relação a Julho (+1.6%), fixando-se em 424 768 euros. Em comparação com o período homólogo de 2022, que registou um valor médio de venda de 391 929 euros, há um aumento de +8%, com as casas a ficarem quase trinta e três mil euros mais caras.
Relativamente à designação do imóvel, verificámos uma subida dos preços. Comprar uma moradia, atualmente, custa, em média, 464 999 euros, um crescimento de 14% face ao período homólogo. Enquanto que um apartamento teve um aumento mais ligeiro, custa, em média, cerca de 389 016 euros, uma subida de 3%, quando comparado com Agosto de 2022.
Quanto à tipologia, as moradias T2 e T1 têm tido um aumento significativo dos preços, tendo subido 24% e 18%, respectivamente. Já os apartamentos as subidas têm sido mais ligeiras e muito semelhantes em todas as tipologias, apesar dos T6 se destacarem com uma subida de 6%.
Para Sylvia Bozzo, Marketing Manager Imovirtual & OLX Imóveis, "o aumento dos preços do arrendamento a nível nacional é influenciado por distritos como por exemplo Leiria onde temos um aumento de 73%. Podemos concluir que regiões próximas a Lisboa passam a ter maior relevância pois neste caso, apesar de ter tido um grande aumento, o valor de uma casa em Leiria ainda é a metade do que é anunciado em Lisboa".
Beja (+24%), Guarda (+32%) e Évora (+16%) são os distritos com maior aumento da renda média em Agosto, face ao mês anterior, com os valores a subirem para 702 euros, 480 euros e 868, respectivamente.
Em contrapartida, Portalegre registou a descida mais acentuada da renda média em Agosto (-11%), comparativamente com Julho, descendo para 604 euros. Segue-se o distrito de Bragança (-3%), onde a renda média se fixa em 465 euros.
Comparativamente com Agosto do ano passado, existiu uma subida dos valores de arrendamento de forma geral em praticamente todos os distritos, nomeadamente: Portalegre (+76%) que regista o maior aumento da renda média, que passa de 343 euros para 604 euros; Leiria (+73%), passa de 620 euros para 1 072 euros, Évora (+48%) passa de 587 euros para 868 euros e Lisboa (+47%), que passa 1 676 euros para 2 471 euros.
Em relação aos distritos em que houve uma diminuição do preço médio de arrendamento, comparado com o período homólogo, Bragança (-10%) e Castelo Branco (-4%) foram os que registaram descidas maiores.
De forma geral, Guarda (480 euros), Portalegre (604 euros), Viseu (685 euros) e Castelo Branco (713 euros) são os distritos mais baratos para arrendar casa, em Agosto. Lisboa continua a ser o mais caro, com a renda média acima de dois mil euros (2 471 euros), seguindo-se Faro (1 533 euros), Setúbal (1 384 euros) e Porto (1370 euros).
Apesar do abrandamento do preço continua a ser cerca de 32 833 euros mais caro comprar casa
Segundo o Imovirtual, no continente, o distrito com o maior aumento do preço médio de venda em Agosto, face a Julho, foi Aveiro (+2.2%, para 308 216 euros). Seguindo-se a Viseu (+2.6%), Guarda (+1.9%) e Vila Real (+1.7%), com os valores a fixarem-se, respectivamente, em 209 219 euros, 125 746 euros e 196 660 euros.
Quanto à comparação com o ano anterior (Agosto 2022), o distrito que registou um maior aumento no preço das casas, foi Beja (+26%), onde os valores sobem de 147 360 euros para 186 402 euros. Seguindo-se Guarda (+21%, de 103 510 euros para 125 764 euros), Leiria (+19%, de 247 016 para 294 499 euros) e Viseu (+19%, de 176 455 euros para 209 219 euros).
Évora (-3%) é o único distrito que, face a agosto do ano passado, registou uma quebra do preço médio de venda, passando de 262 906€ para 254 027€. Por sua vez, Lisboa foi o único distrito que estabilizou (-0%), passando de 639 194 para 639 021.
Guarda (125 746 euros), Portalegre (131 733 euros) e Castelo Branco (139 835 euros) mantiveram-se os distritos mais baratos para comprar casa em agosto. Os mais caros foram Lisboa (639 021 euros), Faro (605 249 euros) e Setúbal (413 820 euros).
Em relação às ilhas, foi aqui que existiram os maiores aumentos do preço médio de venda em agosto, face a julho, Ilha do Faial (12,7%, que passou de um valor de 194 676 euros para 219 370 euros), Ilha de Santa Maria (5.4%, fixando-se em 203 420 euros) e Ilha de São Miguel (4% para 336 094 euros).
Quando comparado com Agosto de 2022, Ilha da Graciosa (+79%, de 66 670 euros para 119 441 euros), seguindo-se Ilha de Porto Santo (+57%, de 237 163 euros para 371 966 euros), e Ilha do Faial (+51%, de 145 321 euros para 219 370€) foram as ilhas com valores mais elevados.
Apesar da Ilha da Graciosa (119 441 euros) ter tido um dos maiores aumentos, manteve-se a ilha mais barata para comprar casa em Agosto. Enquanto que o Funchal (556 278 euros) se manteve o mais caro.