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Quarteirão Inglês

Antigo Hospital dos Ingleses recebe os primeiros moradores

9 de outubro de 2024

A promotora imobiliária Mello RDC começou a entregar no mês de Setembro as primeiras chaves aos proprietários do empreendimento Quarteirão Inglês, que resulta da reabilitação do antigo Hospital dos Ingleses, um edifício do século XVIII localizado numa das zonas mais nobres da cidade de Lisboa.

O projecto de reabilitação é da autoria do gabinete António Costa Lima Arquitetos. Localizado numa das zonas mais nobres da cidade de Lisboa, entre a Estrela e Campo de Ourique, o edifício dá primazia à qualidade dos materiais e ao detalhe, valorizando o património existente.

O empreendimento resulta da reabilitação de um conjunto de quatro edifícios adquiridos ao Governo do Reino Unido, um projeto que permitiu a recuperação do antigo Hospital dos Ingleses, o Teatro Estrela Hall e o Palacete do antigo Capelão. Já o Teatro Estrela Hall ficou reservado para o futuro Centro de Saúde da Estrela.

O Quarteirão Inglês é um empreendimento com um total de 17 unidades residenciais, de várias tipologias, incluído duplex, em que todas elas foram vendidas a famílias portuguesas. A antiga residência do Capelão, também reabilitada, foi vendida como unidade autónoma a um casal inglês. Já o edifício da Ordem dos Contabilistas foi cedido à Câmara Municipal de Lisboa para construção do novo Centro de Saúde de Campo de Ourique.

A designação do Quarteirão Inglês, entre a Rua Saraiva de Carvalho, a Rua da Estrela e a Rua de São Jorge (cujo topónimo não é ao acaso) como ‘Quarteirão dos Ingleses’ deriva do seu uso e dos seus utilizadores. O Hospital Britânico, o Royal British Club, a igreja anglicana de São Jorge (santo padroeiro ou patrono de Inglaterra), datada de 1822, a antiga residência do respectivo pastor anglicano, a companhia de teatro inglesa e, ainda, o cemitério dos ingleses concentravam-se neste quarteirão.


Quarteirão Inglês

Entre os séculos XVIII e XIX, o alto da Estrela, muitas vezes designado Quarteirão Inglês, foi uma espécie de aldeia inglesa dentro de Lisboa, onde se podia nascer, ir à escola, praticar desporto, fazer ou ver teatro, passear e utilizar o hospital. O Hospital Inglês foi criado em 1870 para dar resposta às necessidades de assistência médica à comunidade inglesa e no século XX alargou a prestação de cuidados de saúde à população em geral, assumindo- se como a unidade hospitalar privada mais antiga de Portugal.

A escolha dos materiais utilizados na construção do edifício procurou fazer uma reconciliação com a cidade de Lisboa, criando uma harmonia entre o Jardim da Estrela e o maciço arbóreo do Cemitério Inglês. As telhas cinzentas, dispostas na vertical, fazem uma parte do revestimento da fachada e coberturas dos edifícios principais, assim como a cobertura e águas-furtadas do palacete.


Quarteirão Inglês

No âmbito do luxo que uma intervenção nesta zona merece foram usados materiais nobres, que relacionam as fachadas novas com as preexistentes, como a madeira de pinho no soalho, pedra natural e os caixilhos em preto. No palacete, com um total de três pisos, houve uma preocupação em manter algumas das características originais do edifício, como as escadas em pedra maciça, volume e espessura de paredes mestras, os tetos em estuque trabalhado num desenho oitocentista, os caixilhos das janelas e a porta principal.

Com um total de 54 lugares de estacionamento, os novos residentes ganharam, ainda, uma zona relvada de lazer, para uso de todas as frações, e uma piscina exterior. Os terraços, que prolongam as salas, funcionam como palcos para as deslumbrantes vistas, privilegiando o enquadramento paisagístico que o jardim oferece. O mesmo nos quartos dos sótãos que aproveitam e valorizam os espaços exteriores. O valor arquitetónico dos edifícios é ainda valorizado pelos elementos naturais, como escadas em pedra maciça, volume e espessura de paredes-mestras, nos acabamentos (tetos em estuque trabalhado num desenho oitocentista).


Quarteirão Inglês

"Este eixo da capital é, sem dúvida, das melhores zonas residenciais, com edifícios muito interessantes e onde temos apostado com soluções diferenciadoras e de grande qualidade. O Quarteirão Inglês é um projeto sobretudo para famílias e foi vendido quase na totalidade a portugueses", refere António Ribeiro da Cunha, CEO da MELLO RDC.

“Pretendemos que os nossos projectos respeitem a arquitectura original, valorizem a traça antiga e o contexto urbano em que estão inseridos. De resto, temos como foco principal o conforto e a sustentabilidade, que, aliás, devem ser duas das principais preocupações dos promotores imobiliários e também dos clientes, que são cada vez mais exigentes”, acrescenta António Ribeiro da Cunha.

A Mello RDC é um family office, com sede em Lisboa e um posicionamento institucional. Desenvolve principalmente projetos residenciais e, ocasionalmente, edifícios de uso misto e de escritórios. No setor imobiliário, procura um ângulo de investimento diferenciador, por forma a acrescentar valor aos seus investimentos. A utilização de capital próprio permite investir em ativos que os investidores institucionais ou os clubes de investimento teriam mais dificuldade em adquirir. Com outros investimentos, a Mello RDC conta com uma posição accionista na Sovena e vários outros investimentos numa vertente mais de Private Equity, tal como a Tangerine Rent a Car, o sector das Energias Renováveis e o Club7 em Lisboa.