Alojamento Local com bons resultados no primeiro trimestre
A empresa de gestão de Alojamento Local GuestReady fechou o primeiro trimestre deste ano com mais de 16 mil reservas em Portugal nas mais de 1.300 unidades de alojamento que tem sob gestão no país.
Este número representa um crescimento de 18% face ao número de reservas registadas em igual período do ano passado. Estas reservas foram também mais longas – em média com uma duração de 4,7 dias – correspondendo assim a reservas ligeiramente mais caras, apesar da crise económica mundial.
O preço por noite também aumentou ligeiramente no Porto, apesar de ser superado pelos valores ainda praticados em Lisboa, cidade que também recebe turistas com maior poder de compra e mais estadias de média duração, incluindo de nómadas digitais.
A taxa média de ocupação nacional manteve-se estável no primeiro trimestre, em cerca de 67%, com as regiões do Porto e de Lisboa a registarem as taxas médias de ocupação mais elevadas, próximas dos 80%.
No primeiro trimestre de 2024, a Páscoa foi o período com maior procura por Alojamento Local, impulsionando a taxa média de ocupação no país para os 75% no mês de março.
“Temos assistido a um crescimento da procura com a aproximação do bom tempo e, já no final de março, com o período da Páscoa, assistimos a um fim-de-semana de forte interesse, especialmente por parte de espanhóis, que correspondem a mais de 40% dos hóspedes recebidos nesta época”, explica Rui Silva, director geral da GuestReady em Portugal.
Das mais de 16 mil reservas de Alojamento Local registadas no primeiro trimestre deste ano, portugueses (17%), franceses (16%) e espanhóis (16%) destacaram-se como os hóspedes que mais frequentemente reservaram em Portugal.
No entanto, Rui Silva salienta que, apesar dos bons resultados, foi notório um abrandamento não só da procura, mas também da subida dos preços quando comparado com o fim-de-semana da Páscoa de 2023.
“Os resultados destes meses foram positivos, mas a evolução de preços e a ocupação não foram iguais aos anos anteriores. Podemos atribuir isto à redução do poder de compra em toda a zona euro devido à elevada inflação, sendo os europeus os que mais viajam para Portugal, mas estamos bastante optimistas para os próximos meses, sobretudo na época do Verão”.
Sobre este optimismo para a época alta que agora começou, especialmente num clima político incerto quanto ao setor, Rui Silva acrescenta que: “Da parte dos proprietários e investidores, nota-se algum receio devido às recentes eleições. Mas da parte dos hóspedes, além de se registar um abrandamento da inflação, o interesse em Portugal continua a crescer. Há uma procura interna cada vez maior de portugueses que pretendem conhecem e aproveitar o seu país e mantém-se o interesse dos estrangeiros em viajar para Portugal. Somos cada vez mais reconhecidos como um destino mundial de eleição, um país seguro e com preços extremamente atrativos, e tudo isto reflete-se nos resultados da atividade”.