Trabalho flexível e espaços de coworking vão reduzir emissão de dióxido de carbono no planeta
O crescimento do trabalho flexível está a ter um “boom” fora das grandes cidades, um novo estudo revela que no ano de 2029 esta tendência vai contribuir para a emissão de dióxido de carbono num equivalente a 1280 voos transatlânticos entre Londres e Nova Iorque, todos os anos. Significa que 2,560,000 toneladas de carbono deixaram de ser emitidas para atmosfera, só pelo facto de os profissionais trabalharem mais próximo de casa.
O estudo económico da Regus, realizado por economistas independentes, revela que o ambiente irá beneficiar da chegada do trabalho flexível às pequenas cidades e áreas suburbanas agora entre este ano e 2029.
O estudo indica que o facto das pessoas trabalharem mais próximo de casa, vai ajudar os trabalhadores a reduzir 7,416 horas por ano no que diz respeito ao tempo de deslocação. O que se traduz na redução de 18 toneladas de emissões de carbono por ano.
Nos EUA, onde os profissionais gastam mais tempo na deslocação para o trabalho, a redução de emissões será de 208 toneladas por ano. Em outros mercados, este impacto será menor, como na Índia, onde se prevê uma redução de 54 toneladas por ano. Porém, nas cidades mais poluídos do país, como Nova Deli, será possível verificar um impacto na qualidade do ar.
O relatório da Regus também desvenda que o trabalho flexível está a fazer ainda mais pelo ambiente, isto porque contribui para uma melhor eficiência energética, já que a luz e os sistemas de ar condicionado dos espaços são partilhados.
Segundo Mark Dixon, CEO da Regus que faz parte do grupo IWG, “as deslocações para o trabalho podem ser desconfortáveis e demoradas. Também são uma fonte de poluição. Numa época em que todos os negócios e indivíduos são responsáveis pelo impacto ambiental no mundo, as viagens para as principais cidades parece cada vez mais antiquado. Na próxima década, esperamos abrir mais centros de negócios em pequenas cidades e nas áreas suburbanas. A nossa visão é que, num futuro próximo, haverá mais espaços de trabalho, de forma acabar com as longas deslocações. Isto irá beneficiar a nossa saúde, assim como o nosso planeta”.
Os benefícios
O aumento dos espaços de trabalho locais é em grande parte impulsionado pelas grandes empresas que adoptam políticas de trabalho flexíveis, deixando de centralizar os negócios na sede e permitindo aos profissionais trabalhar fora dos grandes centros urbanos em espaços de coworking.
O estudo concluiu, ainda, os benefícios económicos desses espaços suburbanos e revelou que a “economia flexível” poderia contribuir com mais de 254 mil milhões de dólares para as economias locais na próxima década. Por outro lado, constatou que, em média, 121 novos empregos são criados em comunidades que contam com um espaço de trabalho flexível, o que se traduz em 9,63 milhões de dólares extras direccionados directamente para a economia local.