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Pombal arboriza 3.000 hectares com milhares de espécies autóctones

 

Pombal arboriza 3.000 hectares com milhares de espécies autóctones

 

Pombal arboriza 3.000 hectares com milhares de espécies autóctones

19 de abril de 2022

"Isto é um plano a dez anos. O Município de Pombal ambiciona intervencionar 300 hectares, com a plantação de 27 mil espécies autóctones, por ano. Pretendemos atingir um total de 3.000 hectares e as 270 mil espécies até à vigência deste plano, em 2031", disse à Lusa a vereadora com o pelouro do Desenvolvimento Rural e Floresta, Catarina Silva.

Segundo a autarca (PSD), a "novidade" e o "maior desafio" deste plano é "sensibilizar os proprietários florestais" a aderirem às espécies autóctones quando foram fazer a "reconversão de povoamento de eucalipto ou de espécies lenhosas invasivas".

O Município de Pombal vai realizar acções de sensibilização, informando a disponibilidade da câmara para apoiar os proprietários, assumindo a atribuição das espécies e a parte logística.

"Se o terreno não estiver registado, vamos também auxiliar que seja feito no BUPi [Balcão Único do Prédio]", o que irá também para contribuir para melhorar o cadastro florestal, admitiu Catarina Silva.

 

Diminuir a perigosidade e o risco de incêndio

A vereadora explicou à Lusa que a proposta do Plano Municipal de Fomento da Floresta Autóctone em discussão tem como objectivos "aumentar a biodiversidade florestal, aumentar a resiliência dos ecossistemas florestais com espécies mais resistentes, quer a intempéries quer aos incêndios, diminuir a perigosidade e o risco de incêndio florestal e aumentar a protecção dos edificados e da rede viária".

"Propomo-nos substituir as espécies actuais por outras mais resistentes nas áreas das faixas de gestão de combustível, que protegem os aglomerados populacionais e as áreas industriais, assim como as faixas que fazem a protecção à rede viária florestal e as faixas de gestão de protecção ao edificado disperso e a estrutura ecológica municipal", acrescentou.

 

Proteger vidas e imóveis

Catarina Silva reforçou que o documento evidencia a "preocupação em mudar a paisagem e incentivar o proprietário florestal". "Não estamos a falar dos produtores, porque esses vivem da floresta e é difícil ter rendimento mais imediato com as espécies autóctones, mas dos proprietários que, por vezes, pretendem ter os terrenos ocupados sem pressa de tirar rendimento", adiantou.

A autarquia, presidida por Pedro Pimpão (PSD), pretende adquirir espécies como azinheiras, sobreiros, freixos, carvalhos, pinheiros manso, medronheiros e outras folhosas.

Segundo o aviso publicado em Diário da República (DR), no dia 14 de Abril, a discussão pública decorre durante 30 dias, período durante o qual os interessados poderão proceder à apresentação de sugestões

Lusa/DI