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Sustentabilidade

 

Chegou o sistema que mede os riscos sísmicos dos edifícios

24 de julho de 2018

Uma escala de classificação de risco sísmico, à semelhança da já existente escala de eficiência energética, é a proposta do CheckSeismic, um serviço inovador no nosso país.

O CheckSeismic atribui uma classificação de risco a cada edifício, de A+ (risco mínimo) a G (risco máximo), que atende a factores como a salvaguarda de vida e a perda económica associada ao dano estrutural provocado por um sismo. Além disso, disponibiliza um relatório detalhado que identifica as anomalias detetadas.

O teste é realizado por técnicos especializados, que utilizam as mais recentes metodologias para a avaliação da capacidade resistente dos edifícios. Este serviço surgiu devido às exigências que têm sido feitas por associações profissionais e por peritos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). Ainda recentemente, em Maio, a obrigatoriedade da certificação sísmica dos edifícios foi uma das medidas defendidas pela Ordem dos Engenheiros Técnicos e por um investigador do LNEC, num seminário sobre Revitalização Urbana que se realizou em Tomar.

O serviço CheckSeismic, disponibilizado pela A400 – Projetistas e Consultores de Engenharia, pretende possibilitar que proprietários de edifícios, condomínios, seguradoras, investidores em imobiliário e a própria administração pública saibam como se encontram os edifícios em matéria de vulnerabilidade a um sísmo. Os benefícios da avaliação sísmica dos edifícios são incalculáveis e podem salvar vidas. 

A lei que prevê a resistência antissísmica é antiga, entrou em vigor em 1958, o que quer dizer que a resistência dos edifícios anteriores a esta data é especialmente frágil. Mas mesmo os que foram construídos após a introdução da legislação levantam, na generalidade, muitas dúvidas quanto à sua qualidade. Os especialistas têm vindo a alertar para esta situação.

Segundo indica o CheckSeismic, uma das propostas legislativas mais recentes aconteceu em 2010, quando a Assembleia da República aprovou uma Resolução em que recomenda ao Governo a adopção de medidas para reduzir os riscos sísmicos.