Central de Sines encerra hoje
A EDP encerra hoje a central termoeléctrica de Sines, em Setúbal, um fecho antecipado devido à deterioração das condições de mercado, iniciando-se a desactivação dos equipamentos e posterior desmantelamento da infraestrutura com 35 anos.
Com uma potência instalada de 1.256 MW, a central a carvão de Sines chegou a abastecer um terço da eletricidade consumida em Portugal, no início dos anos 90, e foi perdendo peso com o crescimento das energias renováveis, tendo assegurado apenas 4% do consumo eléctrico em 2020, segundo dados da REN.
A central tem 107 trabalhadores directos, com os quais está a ser negociado "um conjunto de diferentes opções", desde a passagem a reforma ou pré-reforma ou o acesso a oportunidades de mobilidade dentro do grupo, segundo fonte oficial da EDP.
Em relação aos cerca de 400 trabalhadores indirectos, a energética remete esclarecimentos para as "empresas prestadoras de serviços com a quais têm contratos".
O último dia de produção de electricidade na central de Sines, em Setúbal, foi na quinta-feira, iniciando-se agora desactivação dos equipamentos, um processo que deverá levar cerca de cinco anos, continuando em aberto o futuro daquela infraestrutura. A central começou a operar em 1985.
Com o fecho de Sines, Portugal tem apenas uma central a carvão operacional, a do Pego, que deverá encerrar até Novembro.
Na quinta-feira, a associação ambientalista Zero considerou que o encerramento da central termoelétrica de Sines vai trazer a “redução mais significativa de emissões” de gases com efeito de estufa que já se viu em Portugal.
Lusa/DI