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Sede do Novo Banco suscita o interesso de (muitos) potenciais compradores

30 de maio de 2022

Decidido o processo de venda da sede do Novo Banco na Avenida da Liberdade, no passado dia 18 de Abril, cedo se percebeu que o imóvel, pelas suas características e localização, iria despertar o interesse de poderosos potenciais investidores.

Segundo noticiava o “jornal de Negócios” na sexta-feira, dia em que terminava o prazo de acolhimento de propostas não vinculativas, eram “quase 120 entidades” que haviam manifestado interesse em conhecer o processo, “incluindo grandes nomes como a Allianz Global Investors, a Vanguard Properties, a Vogue Homes e a Eastbanc”.

O edifício que está actualmente à venda foi construído em 1980 e inaugurado no dia 9 de novembro desse ano para marcar o centenário do Banco Espírito Santo & Comercial de Lisboa, que em 1999 passou a BES. O investimento na nova sede ascendeu, à época, em 17,5milhões de euros, tendo o imóvel sido herdado pelo Novo Banco aquando da resolução do BES em Agosto de 2014.

 

Propostas não vinculativas abaixo dos 100 M€

O processo de venda está a ser conduzido pelas consultoras JLL e Cushman & Wakefield e tará atraído a atenção de fundos imobiliários estrangeiros especializados em imóveis para escritórios, muitos deles com excesso de liquidez. O valor base de venda é de 100 milhões de euros.

Segundo o Jornal de Negócios apurou, «as propostas não vinculativas oscilam entre os 90 e os 100 milhões de euros, abaixo das expectativas do Novo Banco, que esperava ofertas acima dos 100 milhões».

A administração do Novo Banco chegou a equacionar a possibilidade de construção de uma nova sede no Alto das Amoreiras, numa parcela do terreno, propriedade do banco, com mais de 130.000 metros quadrados (m2), e que em tempos pertencera ao promotor Vasco Pereira Coutinho. Para além do novo complexo de escritórios, o banco pretendia também ali desenvolver uma área residencial e comercial na próxima fase. Certo é que o projecto não avançou, fosse por problemas insanáveis de licenciamento camarário fosse por pressões inamovíveis das autoridades de supervisão de Bruxelas

Em fase de mudança para o Tagus Park está agora o Novo Banco que irá ocupar e ligar três edifícios já existentes e prevê construir um quarto. O banco pretende concentrar naquele parque de escritórios de Oeiras os seus serviços hoje dispersos na capital por vários imóveis.

Esta mudança vai permitir ao banco uma poupança de 30% nos seus custos de energia", esperando o banco obter "uma redução de 35% por ano em custos operacionais com edifícios, ou seja três milhões de euros/ano".