Santander emprestou 20,4 mil milhões de euros para compra de casa até Setembro
Na apresentação dos resultados do Santander Totta, de Janeiro a Setembro, o banco revelou que a concessão de crédito à habitação subiu 4,3% em termos homólogos, num valor de 20,4 mil milhões de euros.
No final de Setembro de 2020, a carteira de crédito total atingiu 42,5 mil milhões de euros, com crescimentos de 5,4% face ao período homólogo e de 6,4% em relação a Dezembro de 2019, reflectindo não só a aplicação de moratórias ao crédito a famílias e empresas como também a elevada produção de linhas de crédito de apoio à economia no contexto da crise sanitária que se vive.
As quotas de mercado de novos empréstimos de crédito a empresas e habitação situaram-se em 17,4% e 25,0%, respectivamente, até ao final de Agosto.
Nas contas globais, o banco revela que no final dos primeiros nove meses de 2020, o resultado líquido da Santander Totta, SGPS ascendeu a 254,5 milhões de euros (-35% yoy).
No final do Setembro, as moratórias, legal e privada, tinham abrangido mais de 88 mil clientes correspondendo a um montante superior a 9,0 mil milhões de euros de crédito (cerca de 21% da carteira total). No âmbito das linhas de crédito com garantia do Estado, destinadas a mitigar os efeitos da pandemia, o banco aprovou um conjunto de operações no montante de cerca de 1,4 mil milhões de euros. O total de crédito a clientes1 atingiu 42,5 mil milhões de euros, equivalente a uma subida de 5,4% face ao período homólogo e de 6,4% em relação ao final do ano anterior.
Ainda de acordo com a instituição bancária, o ano de 2020, depois de um início auspicioso, revela-se ser um ano de enormes desafios. Para as áreas de Wealth Management / Private Banking, as incertezas decorrentes da pandemia provocada pelo vírus SARSCOV-2, tiveram numa primeira fase um grande impacto nos activos geridos. A forte desvalorização dos mercados, num primeiro momento, teve um impacto nas rubricas de Fundos e Seguros, na ordem de 230 milhões de euros, dos quais 175 milhões directamente associados ao comportamento dos mercados. Após esse impacto inicial, embora num ambiente de incerteza, esta rubrica iniciou uma recuperação sustentada, tendo a produção de Fundos e Seguros, no terceiro trimestre, recuperado praticamente a totalidade das perdas sofridos em Março e Abril (-1%), evidenciando um crescimento de 3.4% face ao período homologo.
O terceiro trimestre de 2020 foi marcado pela progressiva reabertura das principais economias mundiais, com impacto favorável nos mercados financeiros. Ao longo do período assistiu-se a uma estabilização progressiva da atividade de mediação de produtos de investimento, tendo-se verificado subscrições líquidas na ordem dos 29 milhões de euros. Neste contexto, a Santander Asset Management (SAM) procurou gerir os seus fundos de investimento mobiliários (FIM) de uma forma ativa, com o objectivo de maximizar os ganhos dos seus participantes após os impactos decorrentes da Covid-19.
O trimestre fechou com uma quota de mercado de 18,0%, face aos 17,9% registados no período homólogo. No que respeita aos fundos de investimento imobiliário, estes totalizavam cerca de 418 milhões de euros, no final de Setembro.