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Parlamento quer Fortaleza de Juromenha no programa Revive

20 de julho de 2017

A Assembleia da República recomenda ao Governo a inclusão da antiga Fortaleza de Juromenha, nas margens do Alqueva, que se encontra em mau estado de conservação, na lista de imóveis a concessionar a investidores privados, no âmbito do Progama Revive.

A recomendação para a integração daquele monumento do concelho de Alandroal, no distrito de Évora, no programa Revive partiu de um projecto de resolução do PSD, subscrito por 22 deputados social-democratas.

"Se a fortaleza ficar concessionada a privados durante 50 anos, não me incomoda minimamente, antes pelo contrário. Estar como está é que me desagrada", afirmou o deputado do PSD eleito por Évora, António Costa da Silva.

O parlamentar social-democrata referiu que a Fortaleza de Juromenha "chegou a estar na lista inicial do Revive" e que "foi retirada por questões burocráticas", considerando que o monumento "merece ser integrado" no programa.

"Não só pela questão da monumentalidade, mas estamos a falar também da criação de riqueza e emprego para um concelho que tanto necessita", disse, apontando a necessidade de lhe "dar uma nova utilidade, que pode ser turística".

O projecto de resolução que pede a inclusão da antiga Fortaleza de Juromenha na lista de imóveis do programa Revive foi aprovado na quarta-feira no Parlamento, com os votos favoráveis de PSD, CDS-PP e PS, os votos contra do BE, PCP e PEV e a abstenção do PAN.

O programa Revive, lançado pelos ministérios das Finanças, Cultura e Economia, prevê a concessão a privados de imóveis históricos degradados para que sejam recuperados.

Em 2008, foi anunciada a recuperação da antiga Fortaleza de Juromenha, com um procjeto turístico numa parceria público privada e com apoios de fundos da União Europeia, num investimento de 20 milhões, mas o projecto não se concretizou.

As primeiras muralhas de Juromenha datam do período da ocupação romana, tendo sido erguidas em 44 antes de Cristo por ordem de Júlio César.

Em 1167 foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques, tendo ocupado um lugar de relevo na defesa da nacionalidade portuguesa.

Actualmente, a fortaleza da povoação está classificada como Imóvel de Interesse Público.

A fortificação acolhe no seu interior um conjunto de edificações em estado de ruína, das quais se destacam as igrejas da Misericórdia e Matriz, a cadeia e os antigos paços do concelho.

Recorde-se que ainda recentemente foram incluídos no Programa Revive dois outros imóveis: o Hotel Turismo da Guarda e o Convento do Carmo, em Moura, Alentejo.

Lusa/DI