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Convento do Carmo em Moura com projecto de arquitectura para "renascer" como hotel 5 estrelas

10 de setembro de 2020

A Câmara de Moura (Beja) revelou hoje ter licenciado o projecto de arquitectura do Convento do Carmo, imóvel degradado e que vai ser reconvertido num hotel de cinco estrelas no âmbito do Programa REVIVE, num investimento de 11 milhões de euros.

Em comunicado a câmara alentejana refere: “Trata-se de um investimento, na ordem dos 11 milhões de euros, da Sociedade de Promoção de Projectos Turísticos e Hoteleiros (SPPTH)”, entidade que também já é proprietária do Hotel Convento de Espinheiro, em Évora.

Com “abertura prevista para 2022”, o novo empreendimento vai “nascer” depois de o convento ter sido concessionado por 50 anos para fins turísticos à SPPTH, em Setembro do ano passado, ao abrigo do programa REVIVE.

Este é um programa conjunto dos ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças, em colaboração com as autarquias abrangidas, que prevê ceder imóveis públicos a privados para serem recuperados e usados para actividades económicas.

Edificado em 1251, o Convento do Carmo em Moura foi o 1.º da Ordem Carmelita fundado na Península Ibérica, refere a autarquia.

“No século XVI sofreu transformações profundas, tendo sido construída nessa altura a igreja, os claustros e as capelas”, evocou a câmara, destacando ainda que “foi deste convento que saíram os monges que fundaram o Convento do Carmo, em Lisboa”.

O imóvel está localizado próximo do Castelo de Moura, “sendo que o conjunto que engloba a igreja e o claustro do convento está classificado como imóvel de interesse público desde 1944”, acrescenta.

 

"Uma nova alma" para um monumento degradado pelo abandono

O contrato de concessão do Convento do Carmo foi assinado em 18 de Setembro do ano passado, mas já antes, em 21 de Agosto, aquando da adjudicação da recuperação do imóvel, o presidente da Câmara de Moura, Álvaro Azedo, congratulou-se por a SPPTH pretender dar “uma nova alma” ao espaço.

“Juntaram-se todos os ‘ingredientes’ necessários para que tivéssemos investimento em Moura e para criar riqueza e mais camas turísticas para o futuro”, assim como para “voltarmos a ter o nosso Convento do Carmo com o brilho que merece”, afirmou então o autarca alentejano.

Álvaro Azedo admitiu na altura tratar-se de um imóvel, onde funcionou o antigo hospital local, especialmente acarinhado pelos habitantes, que se encontravam “muito desalentados” por este estar “bastante degradado”.

“Vai ter outro uso, é certo, mas as pessoas sentem-no como seu, porque muitos de nós nascemos naquele convento, e este é o investimento certo para lhe dar uma nova alma”, argumentou o autarca.

Lusa/DI