As Obras da Santa Casa da Misericórdia
Ainda pode ver, até ao último dia do corrente mês de Janeiro, a exposição “As Obras da Santa Casa” patente na Galeria de Exposições Temporárias do Museu de São Roque, em Lisboa.
A exposição tem o maior interesse, ou não se tratasse a Santa Casa de Misericórdia provavelmente do maior proprietário imobiliário em Lisboa e também, seguramente, do mais importante «reabilitador» do seu edificado. A instituição tem investido em obras de reabilitação em execução cerca de 19 milhões de euros e irá mobilizar, em 2017, mais 25 milhões com esse propósito.
Tanto o seu Provedor, Pedro Santana Lopes, como a administração daquele instituição de beneficência têm afirmado reiteradamente que “A Reabilitação Urbana é uma aposta estratégica da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa”, daí que sustcite o maior interesse constatar aquilo que SCML tem desenvolvido no âmbito do amplo programa de reabilitação - O Programa Reabilitar – patente agora em exposição
Durante uma primeira etapa, a SCML efectuou a análise do património, estabeleceu o planeamento da intervenção e “investiu cerca de 8 milhões de euros na reabilitação de 16 prédios localizados em diversas zonas da cidade de Lisboa, totalizando uma área bruta de construção de aproximadamente 14.000m2”, afirma Helena do Canto Lucas, Directora da Gestão Imobiliária e de Património.
“Neste momento – adianta - , está em curso uma segunda etapa do Programa, que tem como objectivo intensificar o esforço da reabilitação urbana através de uma intervenção mais abrangente, com mais edifícios e com um maior investimento”.
No âmbito deste programa, além das obras de reabilitação em curso, das que já estão em fase de contratação de empreitada, dos projectos licenciados em programação, a Misericórdia de Lisboa tem ainda alguns projectos âncora, com conceito e vivências inovadoras.
Estes projetos âncora totalizam uma área bruta de 25.000m2 com uma estimativa que ronda os 16 milhões de euros. Paralelamente, “estamos a projectar a reabilitação de cerca de 93 fogos residenciais e 12 não residenciais, com área bruta de 10.000m2 e com um investimento de 7 milhões de euros” – esclarece aquela responsável da SCML.
Esta confiança comporta grande responsabilidade pelo que, assumimos o compromisso de preservar, valorizar e rentabilizar este património, gerando receitas que possam reverter para as causas apoiadas e para a atividade desenvolvida pela instituição nas áreas da ação social, da saúde, da educação e da cultura. Desta forma, a Santa Casa respeita a memória e a vontade de todos aqueles que lhe entregam os seus bens e continua a sua missão social.
Respeitar o Passado, honrar o Futuro
Enumerando vários projectos da Santa Casa, Pedro Santana Lopes por ocasião da inauguração da exposição patente no Museu de são Roque, salientou que “o que se está a fazer na reabilitação, com as possibilidades da Santa Casa, é uma intervenção muito significativa, um contributo grande para construirmos Cidade, fazermos Cidade, respeitando o passado e honrando o futuro”.
“Num país que tem um património tão rico como Portugal”, nem sempre se dá a importância devida “à conservação, à preservação, à requalificação e à projeção do património”, considerou.
As obras de reabilitação em curso expostas na exposição são: o Hospital de Sant’Ana, na Parede; os Serviços de Apoio Domiciliário da Penha de França; a creche na Rua dos Sapateiros; o Auditório do Complexo de São Roque; a nova entrada do Complexo de São Roque; as Casas de Alcoitão - Residências de Transição; a Quinta Alegre - Unidade Intergeracional, que inclui uma unidade para aposentados da Santa Casa; o Coleginho; o Palácio Marques de Tomar – Biblioteca Brotéria; o Hospital da Estrela – Nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados; o Palácio Portugal da Gama / São Roque – Unidade Museológica; as Residências de Monsanto; a Mitra – Polo de Inovação Social e a Quinta do Pousal – Hortas pedagógicas e jardim .