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REVIVE abre concurso para Ala Sul do Mosteiro de Arouca

3 de dezembro de 2018

O Mosteiro de Arouca é um dos 33 imóveis inscritos no REVIVE, programa conjunto dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças com a colaboração das autarquias locais. O programa propôs-se valorizar e recuperar o património sem uso, reforçando a atractividade das região onde se inserem.

A abertura do concurso público relativo à ala sul do Mosteiro de Arouca “com vista à realização de obras, incluindo de infraestruturas, e posterior exploração para fins turísticos, como estabelecimento hoteleiro, estabelecimento de alojamento local, na modalidade de estabelecimento de hospedagem, ou outro projecto de vocação turística,” foi publicado já em Diário da República (23.11.2018)

O mosteiro original remonta à primeira metade do século X, habitado então por uma comunidade religiosa sob a invocação de São Bento de Núrsia. Recebeu carta de couto no século XII, período que definiu o carácter de centralidade deste mosteiro na vida política e administrativa da região. Desde 1154 passou a ser habitado apenas por religiosas.

O conjunto do mosteiro foi reconstruído e ampliado desde o final do século XVII. Um grande incêndio destruiu grande parte do mosteiro em 1725, tendo os trabalhos de reconstrução se estendido até aos últimos anos do século XVIII, conferindo-lhe a sua actual feição. Com a extinção das ordens religiosas no país (1834), o convento e todo o seu património passaram para o Estado Português. De estilo classicista romano foi objecto de grandes intervenções nos séculos XVII e XVIII, em estilo barroco, sendo restaurado no século XX, em duas fases distintas.

Segundo a proposta do concurso, a ala sul (afecta ao projecto Revive) terá sido construída na primeiro metade do século XVIII por artistas e artífices que vieram do Convento de Mafra. A zona afecta ao Concurso está envolta por cerca arborizada e por uma praça pública da cidade, tendo o património edificado uma área de 5.700 m2. A duração da concessão é de 50 anos.

Os interessados em concorrer ao Concurso devem entregar as suas propostas até ao dia 21 de Fevereiro de 2019.

Trata-se do 10.º Concurso de concessão lançado pelo Programa REVIVE desde que o mesmo foi criado em 2016. Terminados ou vias de conclusão estão: o Convento de S. Paulo, em Elvas (cuja concessão foi atribuída ao Grupo Vila Galé); os Pavilhões do Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha (atribuídos ao Grupo Visabeira); Hotel de Turismo da Guarda (concessão atribuída ao agrupamento de empresas MRG); a Quinta do Paço de Valverde, em Évora (procedimento concluído, aparentemente com dois candidatos mas cujo desfecho se desconhece); Colégio de S. Fiel, em Castelo Branco (concurso de concessão que não suscitou o interesse de nenhum investidor); Coudelaria de Alter (concessão atribuída ao Grupo Vila Galé); Convento de Santa Clara em Vila do Conde (foram apresentadas duas propostas, mas desconhece-se ainda o resultado final) e a Casa de Marrocos, em Idanha-a-Velha, (cujo prazo de apresentação de propostas termina a 26.12.2019). Por abrir restam agora 23 Concursos Públicos respeitantes aos restantes imóveis da lista.