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Não há sinais de uma bolha imobiliária

 

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Não há sinais de uma bolha imobiliária

 

Não há sinais de uma bolha imobiliária

 

Não há sinais de uma bolha imobiliária

29 de abril de 2017

Aniceto Viegas, director geral da promotora Avenue, está convicto que a aposta na reabilitação urbana tornou a cidade de Lisboa mais atractiva e competitiva e não existe receio de uma bolha imobiliária.

Em entrevista ao Jornal Económico revela que Lisboa é uma cidade cheia de potencial do ponto de vista turístico, habitacional, empresarial e comercial e era lamentável que tantos edifícios históricos estivessem subaproveitados ou abandonados. “Felizmente, nos últimos anos, temos assistido a uma elevada procura por estes edifícios, o que veio potenciar a aposta dos promotores na reabilitação dos mesmos, proporcionando o regresso à cidade. A aposta na reabilitação tornou a cidade de Lisboa cada vez mais atractiva em termos turísticos, criando-se também uma dinâmica interessante entre estes dois sectores tão distintos”, admite. 

O responsável adianta que a reabilitação urbana verifica-se essencialmente nos edifícios históricos e especialmente no centro da cidade, edifícios que são muito valorizados pelo potencial comprador. Esta procura reflecte-se e evidencia-se pelo facto da venda da maioria destes imóveis ser feita ainda em planta.

Relativamente às críticas que têm surgido nos últimos tempos sobre a renovação do centro de Lisboa para o mercado de luxo, turismo e para os estrangeiros e os preços demasiado altos levando ao afastamento da população lisboeta para fora das zonas históricas, Aniceto  Viegas explica que a reabilitação urbana começou pelo mercado hoteleiro e nos últimos seis anos surgiram cinco mil novos quartos apenas em Lisboa. “Este facto é inegável e muito tem contribuído para a ideia que o centro da cidade está ‘reservado’ para os estrangeiros e para o turismo”. 

Apesar disso, o responsável salienta na entrevista que  o mercado residencial tem vindo a conquistar terreno e são cada vez mais os imóveis que são reabilitados com este fim. No entanto, a oferta continua a ser reduzida, e este aspecto valoriza naturalmente os imóveis que estão disponíveis, a exemplo do que aconteceu com outras cidades a nível europeu. “Ainda assim, curiosa e contrariamente à ideia que só os estrangeiros têm condições para adquirir estes imóveis, no caso da Avenue, 40% dos compradores em Lisboa são nacionais e no caso do Porto, os compradores portugueses são cerca de 95%”, garante.

Quanto ao receio da tão falada bolha imobiliária, Aniceto Viegas assegura que o mercado imobiliário português, em linha com a realidade nacional, recuperou grande parte da sua dinâmica. O investimento imobiliário disparou mesmo para níveis históricos, o que fez com que Lisboa já fosse considerada como “cidade-refúgio” para os investidores, tanto nacionais como internacionais. “Este fenómeno tem levantado frequentemente o alerta para o risco de formação de uma bolha especulativa, mas o mercado continua a vender em planta e não a criar stock, ou seja, não há ainda sinais de bolha”, admite. Por outro lado, o responsável revela que a oferta continua abaixo dos níveis da procura. Relativamente aos preços de venda, o expectável será uma tendencial estabilização do preço dos imóveis (que continuará contudo a registar algum crescimento), mas que poderá não ser acompanhado de um incremento substancial do mercado de arrendamento, que revela uma dependência directa da economia interna (as rendas tenderão a acompanhar mais a inflação, excepto no que respeita ao arrendamento de curta-duração). “Não será por isso o momento de falar em bolha imobiliária, mas sim da tendencial estabilização da rendibilidade do investimento imobiliário”, assegura.

Investir 200 milhões de euros até 2020

A Avenue, empresa de promoção imobiliária, prevê investir 200 milhões de euros em projectos de reabilitação urbana até ao final de 2020, estando o investimento orientado para edifícios ou terrenos localizados em zonas prime. Desde 2015, e fruto de um plano inicial de investimento de 100 milhões de euros estão actualmente sete projectos em curso, seis em Lisboa e um no Porto. Os restantes 100 milhões de euros estão previstos para o triénio 2018-2020.

Entre os projectos em construção destaque para o edifício da Rua António Maria Cardoso, no Chiado, deram-lhe o nome de Orpheu XI porque foi o local onde Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, lançaram a revista Orpheu, em 1915. O Liberdade 203 e o 266 Liberdade, o emblemático edifício do Diário de Notícias, é a reposição da fachada original do edifício e a recuperação dos painéis do Almada Negreiros, existentes no espaço comercial.