Lisboa: Santos vai destronar a Av. Liberdade como a zona mais cara
A consultora B. Prime avança que a Avenida da Liberdade irá deixar de ser a zona mais cara de Lisboa, para ser destronada pela zona 4, encabeçada por Santos.
Esta é a conclusão do estudo Prime Watch sobre o mercado de escritórios, que antecipa uma inversão de tendências. "O mercado de escritórios, que pela escassez de oferta tem limitado a entrada de grandes empresas, em Portugal, vai reequilibrar-se em 2020 se os projectos em fase de construção não sofrerem atrasos. Este estudo de mercado confirma que o ano de 2019 vai continuar a ser complexo para as empresas que queiram expandir ou que escolham Portugal", revela o relatório.
O Prime Watch demonstra também como os hábitos de consumo influenciam o mercado imobiliário e por isso são apontados alguns desafios que o mercado de retalho deverá enfrentar e as oportunidades que o mercado de logística deverá potenciar.
Relativamente ao mercado de investimento, o imobiliário comercial em 2018 registou o maior volume de sempre com 3.3 mil milhões de euros transaccionados, superando o valor alcançado em 2017.
A B. Prime indica ainda que este interesse eleva Lisboa à cidade europeia mais procurada por investidores internacionais, que a procuram para as suas opções de investimento e de promoção.
"Investidores esses que representam 95% do volume investido em Portugal, tendo sido os franceses os mais presentes, representando 25% da quota de mercado, seguidos pelos Estados Unidos da América (24%), Espanha (20%) e Reino Unido (15%). O estudo estima que 2019 tenha ainda uma maior diversificação, na origem do capital investido", refere-se no estudo.
Por último, o Prime Watch faz uma análise sobre os fundos de investimento imobiliário, em Portugal. Entre outros aspectos é possível descortinar rentabilidades, onde as maturidades a curto prazo apresentam melhores resultados; taxas de endividamento e tipologia das carteiras.
Para Jorge Bota, Managing Partner, da B. Prime, “no ano em que a B. Prime celebra 10 anos, a equipa que prepara este estudo quis torná-lo ainda mais abrangente e por isso passámos a analisar os segmentos do retalho e da logística. Agradeço, ainda, aos nossos convidados que enriqueceram esta edição: ao Senhor Secretário-Geral da Confederação de Turismo de Portugal e professor universitário, pela sua visão no que diz respeito à economia portuguesa e ao Director Executivo da Invest Lisboa, pela sua visão de futuro sobre a importância da promoção externa das cidades e dos países, ao mais alto nível".