Meliá inaugura hotel de luxo em edifício projectado por Niemeyer
Foi um dos raros hotéis projectado pelo decano da arquitectura brasileira e mundial, Oscar Niemeyer, falecido no Rio de Janeiro a 5 de Dezembro de 2012 com a bonita idade de 105 anos.
Inaugurado em 1972, viria a fechar em 1995 por alegada má gestão. Em 2009, em evidente estado de degração e espoliado de muito do seu recheio, o imóvel viria a ser adquirido por um grupo de investidores por cerca de 26 milhões de euros.
A renovação, sob a orientação da arquitecta Debora Aguiar, respeitou na íntegra o legado deixado pelo centenário arquitecto carioca, num investimento que ascendeu a 130 milhões de euros.
Situado junto ao bairro e à praia de São Conrado, mas também perto da famosa favela da Rocinha, o Grand Meliá Nacional Rio de Janeiro tem que competir no disputado mercado da hotelaria de luxo com o icónico Copacabana Palace e o Hotel Fasano, ambos com uma localização mais central. Dispõe de 413 quartos distribuídos num gigantesco cilindro de 34 andares e uma única fachada de vidro. Uma dormida neste período de inauguração promocional pode custar 700 reais ( 210 euros), barato para um hotel desta categoria.
Segundo relatava a jornalista do El Pais, “A restauração seguiu ao máximo os preceitos de Oscar Neimeyer, que sempre privilegiou as curvas e os espaços diáfanos nas suas obras. O lobby é uma sala de 3.000 metros quadrados sem uma coluna e onde, tirando livros e umas lâmpadas rectangulares de chão, não se encontra uma singela linha recta”. E acrescenta: “A estrutura sem pilares do lobby sustenta ainda o jardim de mais de 2.000 metros quadrados desenhado na época pelo renomado paisagista Burle Max, idealizador também do Parque do Flamengo”.
O grupo Meliá está a reconstruir o antigo centro de convenções e tem planos erguer uma nova torre contemplada no projecto inicial de Oscar Neimeyer.
